No fim da manhã do último dia 26 de Fevereiro, sentaram para conversar em Brasília representantes da FASUBRA, MEC e MPOG. A conversa se iniciou com a fala de um representante do governo que afirmou que o governo se esforça em manter o acordo assinado no fim da última greve de 2012, mas sinalizou que outros itens que não se relacionarem àquela pauta só poderão ser discutidos a partir de 2015.
A representação da FASUBRA respondeu ao pronunciamento de que maioria dos itens pedidos da pauta de 2012 não configuram em um novo acordo pois são itens de desdobramentos do debate na negociação da época e reforçou a necessidade do cumprimento integral do último acordo.
Questionado pela FASUBRA sobre qual seria o cronograma proposto pelo governo e os itens de cumprimento o representante do MEC respondeu que para seguir com as negociações e possivelmente acatar as reivindicações é preciso realizar conversas internas, mas apontou que os itens 01, 02, 03, 04 e 05 * são aqueles em que é possível avançar.
Quanto aos outros itens, a representação da FASUBRA indagou ao representante do MPOG uma sinalização já que o MEC havia manifestado interesse em avançar com algumas das reivindicações.
Após o representante do Ministério do Orçamento pedir a vez de fala seguiu para informar que a decisão de atendimento a outros itens da pauta depende de conversas e acordos na junta orçamentária aos quais estão envolvidos o MPOG, a Casa Civil e o Ministério da Fazenda. Também disse que a ministra Miriam Belchior deve responder a pauta geral logo, mas não antes do carnaval como foi prometido.
Para finalizar a representação da FASUBRA ressaltou que a greve de 17 março será deflagrada caso as negociações não avancem nas próximas reuniões marcadas para o dia 06 e 07 de março. ”É necessário uma resposta do governo que atenda concretamente às reivindicações, caso queira evitar o conflito.”
Com informações da FASUBRA.
* ITENS DA PAUTA CITADO PELO REPRESENTANTE DO MEC
01 – Cumprimento integral do acordo da greve de 2012, reconhecendo os certificados de capacitação que os aposentados já possuíam quando da constituição da carreira, e cronograma com resolutividade para a negociação dos relatórios de todos GT’s;
02 – Aproveitamento de disciplinas da pós-graduação (especialização, mestrado e doutorado) para pleitear incentivo à capacitação;
03 – Reconhecimento dos cursos de mestrados e doutorados fora do país; (Dentro das normas da CAPS e aplicadas aos docentes)
04 – Não a perseguição e criminalização da luta! Democratização já!
05 – Liberação de dirigentes sindicais para o exercício de mandato classista;