Os últimos dias da greve dos trabalhadores técnico-administrativos em educação (TAEs) de Goiás foram marcados por uma série de atividades que impactaram no cotidiano das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES).
O movimento paredista, que completa hoje 62 dias, está intensificando suas ações com o objetivo de pressionar o governo federal a apresentar uma proposta melhor para os mais de 200 mil trabalhadores, tanto no percentual de reajuste quanto em melhorias na carreira.
Fechamento do CERCOMP e CEMEQ
Na última quinta-feira (23) a categoria montou um piquete e fechou as portas do Centro de Recursos Computacionais (CERCOMP) e do Centro de Manutenção de Equipamentos (CEMEQ), ambos da UFG. O objetivo foi somar forças em um movimento nacional para interromper e/ou dificultar as matrículas dos estudantes para o segundo semestre letivo.
A ação foi considerada vitoriosa. Mesmo com a matrícula online, uma série de manutenções e ajustes deixaram de ser feitas, o que gerou uma série de transtornos ao longo do dia. O movimento repercutiu nas redes sociais, onde vários estudantes comentaram sobre as dificuldades para fazer a matrícula no dia.
Manifestação no Campus Samambaia
Na manhã de ontem (28) os trabalhadores realizaram uma assembleia geral no saguão da reitoria da UFG. Na ocasião, realizaram um amplo debate sobre o andamento das negociações entre os servidores públicos federais (SPFs) e o governo, bem como sobre o andamento da mesa específica dos TAEs, onde a FASUBRA negocia com MEC e MPOG. A assembleia aprovou também um calendário de atividades para intensificar o movimento.
Logo após a assembleia, os grevistas saíram em manifestação dentro do Campus, com objetivo de sensibilizar os participantes do Congresso da Abrasco, que acontecia no Centro de Cultura e Eventos da UFG. Em seguida, bloquearam o trânsito da avenida Esperança, no Conjunto Itatiaia, por cerca de 20 minutos.
Atraso no atendimento do Hospital das Clínicas
Amanhã (30) será realizado um ato no Hospital das Clínicas (HC) de Goiânia, a partir das 6h30. A manifestação irá atrasar o atendimento do hospital em uma hora e busca chamar a atenção da comunidade sobre as dificuldades que os trabalhadores tem enfrentado desde que a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) assumiu a gestão.
O ato no HC não será isolado, faz parte de uma mobilização nacional da categoria em todos os hospitais universitários e marca a entrada no “Agosto Vermelho”, que consiste em uma intensificação das manifestações em todas as 66 instituições federais de ensino superior em greve.
