PROCURADORIA DE GOIÁS QUER PROIBIR ATOS POLÍTICOS EM UNIVERSIDADE FEDERAL

PROCURADORIA DE GOIÁS QUER PROIBIR ATOS POLÍTICOS EM UNIVERSIDADE FEDERAL
PROCURADORIA DE GOIÁS QUER PROIBIR ATOS POLÍTICOS EM UNIVERSIDADE FEDERAL

Procuradoria de Goiás quer proibir atos políticos em universidade federal

 

O MPF (Ministério Público Federal) em Goiás enviou recomendação a 39 órgãos e autarquias federais do Estado que não realizem nem permitam atos político-partidários contrários ou favoráveis ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

Entre órgãos destinatários das recomendações estão a Caixa Econômica Federal, o IBGE, INSS e a UFG (Universidade Federal de Goiás), tradicional local de manifestações políticas.

A Praça Universitária, por exemplo, na região central de Goiânia, é ponto frequente de manifestações contra o impeachment da presidente. No local funcionam parte dos cursos da universidade (como a Escola de Engenharia Civil e Ambiental e a Faculdade de Farmácia).

Na recomendação, os procuradores Ailton Benedito de Souza e Cláudio Drewes José de Siqueira argumentam que as manifestações são ilícitas pois “exteriorizam ações incompatíveis com a administração pública, se realizadas no âmbito do espaço físico de órgãos e de autarquias federais”.

Os procuradores escrevem que a liberdade de expressão “encontra limites, expressos e implícitos, não sendo, pois, assim como qualquer direito, considerado valor absoluto, imune a controle.”

O documento requisita que as instituições respondam as recomendações em até cinco dias, enumerando as providências tomadas para evitar os protestos, e que enumerem todas as manifestações já ocorridas no local.

O Conselho Universitário da UFG está reunido nesta sexta-feira, e vai apresentar uma resposta oficial à Procuradoria na próxima segunda (11), data final do prazo estipulado.

Parte da comunidade acadêmica não gostou da recomendação. Presidente da Adufg (associação de docentes), o professor Flávio Alves da Silva diz que é “uma tentativa de amordaçar a universidade”.

Ele afirma que a orientação fere a Constituição Federal, que estabelece autonomia patrimonial às universidades, e a lei 9.096 de 1995, que garante o uso gratuito de escolas públicas para realização de reuniões ou convenções de partidos políticos.

O procurador Ailton Benedito de Souza rebate as críticas. Ele diz que a universidade tem autonomia dentro do que permite a Constituição, e que o fato de sindicatos citarem os direitos de partidos políticos já indica desvio de finalidade.

“O patrimônio público gerido por essas instituições tem uma finalidade específica: acadêmica. A prática dos atos não tem natureza acadêmica. Se há um debate teórico, histórico, é uma coisa. Mas a partir do momento que você transforma algum lugar dessas instituições em comitês de contra ou a favor a alguma ideologia política, há um desvio de finalidade”, diz o procurador.

Ele afirma que já esperava as críticas e rechaça as acusações de censura.

Souza explica que a recomendação não é uma ordem judicial, mas uma espécie de alerta, que “aponta o caminho que o MPF acha adequado”, e que o órgão pode, a partir daí, tomar medidas judiciais.

 

Fonte : http://m.folha.uol.com.br/poder/2016/04/1758994-procuradoria-de-goias-quer-proibir-atos-politicos-em-universidade-federal.shtml?mobile

 

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