PELA PRIMEIRA VEZ, TRABALHADORES PARALISARÃO REITORIAS DA UFG, IFG E IF GOIANO

Ato faz parte da campanha salarial de 2015 e irá paralisar unidades e Campus entre os dias 7 e 9 de abril
Ato faz parte da campanha salarial de 2015 e irá paralisar unidades e Campus entre os dias 7 e 9 de abril

Os trabalhadores técnico-administrativos em educação (TAEs) irão paralisar o serviço nas reitorias das três das Instituições Federais de Ensino Superior de Goiás amanhã (07). O ato é organizado pelo SINT-IFESgo e faz parte da campanha salarial dos servidores públicos federais para o ano de 2015, que vai até o dia 09 de abril. Unidades e Campus das instituições na capital e no interior também serão paralisados por três dias.

Para a categoria, esse é um momento histórico. Nunca houve uma paralisação nas três reitorias simultaneamente. No IFG será realizado um ato político na entrada da reitoria às 7 horas. No IF Goiano os trabalhadores irão realizar uma discussão sobre a plataforma para os candidatos a reitor do Instituto no auditório da reitoria, às 8 horas. Já na UFG a categoria promoverá um debate sobre a implantação dos turnos contínuos às 8 horas.

Reivindicações

A paralisação inicia um processo de pressão junto ao governo federal e busca de atendimento às demandas dos trabalhadores para a campanha salarial de 2015. Os Servidores Públicos Federais (SPFs) reivindicam um reajuste de 27,3%. Esse reajuste iria repor as perdas salariais que se acumulam desde 2010. Outras pautas levantadas pelos SPFs são:

1.    Data base em 1º de maio;
2.    Negociação coletiva;
3.    Paridade entre ativos, aposentados e pensionistas;
4.    Isonomia dos benefícios entre os Três Poderes que incluem auxílio-alimentação, creche, plano de saúde e outros;
5.    Retirada de projetos que atacam direitos trabalhistas e aprovação imediata de propostas de interesse dos servidores no Congresso Nacional;
6.    Aprimoramento da carreira (aumento de piso e step, racionalização dos cargos entre outros).

Negociação difícil

A decisão de paralisar as Instituições veio após uma negociação frustrada entre trabalhadores e o Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), realizada em Brasília no dia 20 de março. Na ocasião. Na ocasião, o governo federal afirmou não ser possível conceder o reajuste de 27,3%, uma vez que a situação econômica do país não permite que as perdas salariais sejam repostas. O ministro Nelson Barbosa afirmou ainda a prioridade do governo no momento é estabilizar a economia.

Essa resposta não agradou os SPFs. Em nota, o SINT-IFESgo afirma que “(…) o ajuste fiscal proposto pelo governo não faz nenhuma alteração na meta de superávit primário, que destina uma enorme quantidade de recursos para o pagamento dos juros da dívida pública. O governo está, deliberadamente, mantendo o lucro dos rentistas em detrimento da justa reposição dos trabalhadores públicos federais” (Confira nota na íntegra abaixo).

A paralisação de três dias dos TAEs também é motivada pelo descumprimento do acordo da greve de 2014, firmado entre a categoria e o MEC. A Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições Federais de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA) já se reuniu duas vezes com representantes do ministério. Não houve, até o momento, nenhuma resposta do governo sobre a questão.

Além da paralisação que tem início amanhã, os trabalhadores estão discutindo o indicativo de greve por tempo indeterminado para o mês de maio feito pela FASUBRA. O SINT-IFESgo está mobilizando e convoca toda a categoria a participar da paralisação. 

NOTA PARALISAÇÃO

Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das
Instituições Federais de Ensino Superior do Estado de Goiás
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