A calmaria que toma conta do ambiente na Câmara dos Deputados em Brasília, em dias de votação nas comissões, deu lugar nesta terça-feira (13/09) ao protesto dos caravaneiros que vieram de todas as universidades federais brasileiras, lutar contra a aprovação na Comissão Especial do PL 1749/2011. Aproximadamente 800 técnicos administrativos ocuparam o Plenário 13 e impediram a votação do relatório que institui a Empresa Brasileira de Serviços hospitalares – EBSERH.
Desde o início da tarde, os TAEs, começaram a ocupar os corredores que dão acesso aos plenarinhos, onde ocorrem as reuniões das Comissões temporárias e permanentes da Câmara. Os trabalhadores, não queriam que o PL fosse aprovado, e tal qual ocorreu no dia 31 de agosto passado, inviabilizaram totalmente a sessão, ocupando a mesa central da comissão, e os assentos destinados aos deputados e à audiência, e lá permaneceram.
Para tentar proporcionar a votação, parlamentares chegaram a convidar uma comissão com representantes da Direção Nacional da FASUBRA, à qual solicitaram que o Plenário 13 fosse desocupado para a instalação da reunião, que poderia ser acompanhada por parte dos manifestantes. A estratégia não surtiu efeito, e a proposta foi rejeitada pelos membros do Comando Nacional de Greve da FASUBRA, bem como pela Diretoria Nacional.
Deputados como Alice Portugal (PC do B/BA), Paulo Rubem Santiago (PDT/PE) e Chico Alencar (PSOL/RJ) e o integrante da Comissão Especial que analisa o PL 1749/11, César Colnago (PSDB/ES) acompanharam a ocupação.
Já passava das 15h, quanto a deputada Alice Portugal recebeu a informação de que a mobilização dos técnico-administrativos havia dado certo e que a Comissão Especial havia adiado para amanhã (14), às14h30, a votação do relatório do deputado Danilo Fortes(PMDB/CE), acerca da EBSERH.
A categoria, então, voltará amanhã à Câmara para realizar nova pressão com o objetivo de barrar a votação do PL e assim evitar que o mesmo seja votado no Plenário da Câmara, como quer o Governo, que encaminhou o projeto àquela Casa Legislativa em caráter de urgência.
Do lado de fora da Comissão, o clima também era de mobilização. Os trabalhadores recitavam palavras de ordem, exigiam recursos para os hospitais universitários e chamavam a atenção de parlamentares de outras comissões sobre a necessidade de arquivamento do PL.
Em uma das escadarias do Anexo II, um manifestante vestido de paciente do Sistema Único de Saúde, portava uma placa onde se lia “Fora PL 1749”, em uma alusão ao possível prejuízo ao qual será submetido o atendimento médico às camadas mais pobres da população, caso o PL seja aprovado e assim dê abertura para que doentes com planos de saúde sejam atendidos pelos HU´s.
Fonte: Página da FASUBRA Sindical – www.fasubra.org.br
Foto: FASUBRA