O cenário de taxa elevada é notório, impactando negativamente no orçamento das famílias. O endividamento atingiu 48,5% em abril, com o comprometimento de renda chegando a 27,7% .
Diante do patamar preocupante de juros do cartão crédito, chegando a 447,7% ao ano em abril, é importante questionar a postura do Banco Central em relação à manutenção da Selic em 13,75%. Em um contexto de aumento constante de juros, as famílias de baixa renda são as mais afetadas, uma vez que recorrem ao crédito para suprir as necessidades.
A alta foi de 14,4 pontos em relação a março e de 83,7 pontos nos últimos 12 meses. O número representa uma alta constante desde dezembro de 2020, quando começou uma trajetória de aumento. O atual patamar é o mais elevado dos últimos seis anos, ficando apenas abaixo do registro de março de 2017, quando atingiu 490% ao ano.
A modalidade mais onerosa, o rotativo do cartão de crédito, é uma das principais responsáveis pela escalada de juros. Em geral, a opção é escolhida por usuários que não conseguem pagar o valor total da fatura e optam pelo pagamento mínimo, gerando juros sobre juros.
O cenário de taxa elevada é notório, impactando negativamente no orçamento das famílias. O endividamento atingiu 48,5% em abril, com o comprometimento de renda chegando a 27,7%. Os índices representam um aumento de 0,3 ponto no mês e de 1,6 ponto em relação ao mesmo período de 2022