Do 24 ao 26 de novembro, Sint-IFESGO transforma datas de luta em ação concreta de TAEs em Brasília. Consciência Negra, enfrentamento à violência contra a mulher, Marcha das Mulheres Negras, combate à Reforma Administrativa e defesa da taxação dos super ricos se encontram na agenda da categoria TAE na educação.
Ao longo desta semana, a comitiva do Sint-IFESGO em Brasília não tem parado um minuto. Em pleno mês da Consciência Negra, Laura Santana, coordenadora de Assuntos de Aposentadoria e Aposentados, Eduardo Marques, vice-coordenador, e Lucimar Mendanha, ex-diretora e filiada aposentada, cumprem uma maratona de compromissos que conectam as lutas dos TAEs na educação com grandes agendas nacionais: antirracismo, enfrentamento à violência contra a mulher, resistência à Reforma Administrativa, fim da jornada 6×1, taxação dos super ricos e justiça tributária.
Encontro de Raça e Etnia: o espírito do 20 de Novembro na educação pública
A participação da comitiva no Encontro de Raça e Etnia da FASUBRA, em Brasília, dialoga diretamente com o 20 de novembro – Dia Nacional da Consciência Negra. Ainda que realizado em datas posteriores, o encontro é parte da mesma agenda política: reconhecer o racismo estrutural, denunciar suas consequências e construir respostas concretas dentro do serviço público, especialmente nas Instituições Federais de Ensino.
Para a categoria TAE, que atua em escolas, institutos e universidades federais, isso significa:
– discutir como o racismo atravessa relações de trabalho, atendimento ao público e acesso a cargos e funções;
– fortalecer políticas de equidade racial, tanto para trabalhadores quanto para estudantes;
– defender concursos, permanência estudantil e condições de trabalho que rompam com a lógica de exclusão que atinge majoritariamente a população negra.
Assim, o Encontro de Raça e Etnia reafirma que a luta antirracista não é “tema paralelo” para TAEs: é parte do próprio sentido da educação pública como instrumento de transformação social.
25 de novembro: violência contra a mulher, Marcha das Mulheres Negras e TAEs
No dia 25 de novembro, quando se marca o Dia Internacional da Eliminação da Violência contra a Mulher, ocorre também neste ano de 2025 a 2ª Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver. A participação da comitiva do Sint-IFESGO na oficina preparatória e na própria marcha conecta de forma direta essas duas referências simbólicas.
A Marcha das Mulheres Negras denuncia que a violência contra a mulher é atravessada por raça e classe: quem mais sofre feminicídio, violência doméstica, violência obstétrica, precarização do trabalho e ausência de políticas públicas são mulheres negras e pobres.
Na realidade TAE, isso aparece:
– na feminização da categoria, com muitas mulheres negras em postos mais precarizados;
– na sobrecarga de trabalho, em especial em escalas e jornadas extenuantes;
– na falta de estrutura para acolher denúncias e garantir proteção dentro das instituições de ensino.
Ao estar na Marcha em 25/11, as TAEs do Sint-IFESGO afirmam que combater a violência contra a mulher, especialmente a mulher negra, também é lutar por ambientes de trabalho seguros, políticas de acolhimento nas IFEs e educação antissexista e antirracista para toda a comunidade acadêmica.
Reforma Administrativa, fim da jornada 6×1, TAEs e o sentido do serviço público
A mobilização da comitiva contra a Reforma Administrativa se conecta a uma pauta que o Sint-IFESGO vem tratando como fixa:
– derrubar a Reforma Administrativa (PEC 38/25);
– acabar com a jornada 6×1, que precariza o trabalho, adoece os servidores e rompe o convívio social e familiar;
– defender a taxação dos super ricos e a justiça tributária como caminho para financiar direitos, e não para cortar serviços.
Para os TAEs, a Reforma Administrativa significa:
– ameaça à estabilidade, às carreiras e às condições de trabalho;
– incentivo à privatização e terceirização dentro da educação pública;
– perda de direitos conquistados historicamente pela categoria.
Já a luta contra a jornada 6×1, em especial onde já é aplicada (muitas vezes via terceirização ou regramentos locais), é central para a saúde física e mental dos trabalhadores, e se conecta ao debate sobre violência e adoecimento no trabalho, que atinge de forma mais dura mulheres, negros e negras.
Ao pressionar parlamentares no aeroporto e participar de audiências no Congresso, a comitiva do Sint-IFESGO leva a mensagem de que defender TAEs é defender o serviço público como política de combate às desigualdades, não como gasto a ser cortado.
Taxação dos super ricos, isenção de IR e justiça tributária para financiar educação
A presença, nesta quarta (26), no Salão Nobre do Palácio do Planalto para acompanhar a sanção da lei que amplia a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil também se encaixa na pauta fixa de justiça tributária.
Ao defender a taxação dos super ricos, o Sint-IFESGO reafirma que:
– não é aceitável que o peso dos tributos recaia principalmente sobre trabalhadores assalariados, como os TAEs;
– é preciso que quem ganha mais e acumula grandes patrimônios contribua proporcionalmente para financiar políticas públicas;
– a educação pública, onde os TAEs atuam diariamente, depende de uma estrutura tributária justa para ter orçamento, pessoal e condições de funcionar.
Assim, a agenda de justiça tributária se conecta à vida concreta da categoria:
– mais recursos significam concursos públicos, reposição de pessoal, melhores condições de trabalho e infraestrutura nas IFEs;
– aliviar o IR de quem ganha menos é aliviar o bolso de TAEs e de milhões de trabalhadores, enquanto se aponta o dedo para o topo da pirâmide.
Ao longo do mês de novembro, cada compromisso assumido pela comitiva do Sint-IFESGO em Brasília tem um fio condutor muito claro: a vida concreta do servidor público TAE na educação.
O 20 de novembro inspira a participação no Encontro de Raça e Etnia e reafirma o compromisso antirracista nas IFEs. O 25 de novembro e a Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver colocam no centro a luta contra a violência que recai de forma mais dura sobre mulheres negras – muitas delas TAEs e estudantes. A pauta permanente contra a Reforma Administrativa, pelo fim da jornada 6×1, pela taxação dos super ricos e pela justiça tributária mostra que não há como garantir educação pública de qualidade sem valorizar quem a faz acontecer todos os dias: os trabalhadores técnico-administrativos em educação.
É essa costura entre datas simbólicas, lutas estruturais e o cotidiano da categoria que faz da presença do Sint-IFESGO em Brasília muito mais do que agenda: é projeto de país.
Ajude a ampliar a campanha contra a reforma administrativa, mostrando como isso impacta diretamente a sociedade no acesso a direitos e serviços. Pressione os parlamentares de Goiás pela retirada de apoio à PEC 38/25, em defesa do serviço público. Acesse a página “Contra a Reforma Administrativa”, na aba “Mobilize-se” do nosso site.
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