Presidente da Unacon Sindical – que representa os servidores da antiga Controladoria-Geral da União, atual Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle -, Rudinei Marques informou nesta segunda (30) que dois terços dos cargos de chefia da pasta foram colocados à disposição. A categoria cobra que o ministro Fabiano Silveira deixe o cargo.
De acordo com o Valor Econômico, cerca de 200 dos 300 ocupantes de cargos de chefia assinaram documento que, segundo Rudinei, será protocolado no próprio ministério caso o presidente provisório Michel Temer mantenha Silveira no cargo. Nesse grupo estão os 27 chefes regionais do ministério — dos Estados e Distrito Federal.
“Nós, analistas e técnicos de finanças e controle, detentores de cargo ou função de direção, assessoramento ou chefia em face das gravações divulgadas em 29 de maio, envolvendo o ministro Fabiano Martins Silveira, entregamos publicamente esses cargos e funções, caso o presidente interino Michel Temer não o exonere imediatamente do cargo”, diz o documento.
Rudinei Marques disse ainda que não acredita que o presidente interino Michel Temer (PMDB-SP) manterá o ministro, flagrado em uma gravação na qual critica a Lava Jato e orienta investigados a como proceder em relação à operação.
“Não entendi que Michel Temer vá manter Fabiano Silveira no cargo. Seria insustentável. Todos os servidores foram até o Planalto, não tem como (ficar), é insustentável”, disse Rudinei. “Não acredito que ele cometa mais esse desatino.”
O sindicalista disse ainda que a categoria havia solicitado uma audiência com o ministro Eliseu Padilha, desde que foi formalizada a extinção da CGU, que migrou para o atual ministério.
Pela manhã, os servidores já haviam realizado protesto em Brasília, que impediu a entrada do ministro no prédio em que funciona a pasta. À tarde, os servidores saíram em caminhada da sede da CGU, na área central de Brasília, até o Palácio do Planalto.
A categoria também divulgou nota na qual exige a “imediata exoneração” do ministro Fabiano Silveira, pede a revogação da medida provisória que autorizou mudanças na CGU, e cobra “respostas rápidas e assertivas” do presidente interino Michel Temer.
Do Portal Vermelho, com Valor Econômico
Divulgado por www.vermelho.org.br