De Gustavo Braga – Blog do Servidor
As próximas semanas serão de intensa mobilização das mais diversas carreiras do funcionalismo como parte da campanha salarial. O embate, agora mais do que nunca, é para conquistar a opinião pública.
Temeroso da repercussão negativa que as greves podem ter em ano eleitoral, o governo lançou mão de toda sua influência para disparar na mídia notícias que convençam o eleitorado acerca da impossibilidade de atender as reivindicações.
A campanha midiática começou na última sexta-feira (29/06) quando, pela primeira vez, o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, falou a jornais de grande circulação sobre o andamento das negociações.
Ele aproveitou as entrevistas para enfatizar o impacto do conjunto de reivindicações: R$ 60 bilhões, quantia considerada impagável. Os sindicalistas rebatem que o valor real não chega a metade disso.
Na outra linha do choque de argumentos, os envolvidos reativaram o debate sobre a média de remuneração. Fala-se que, na maior parte das ocupações, trabalhadores do setor público têm media salarial maior do que no setor privado e, no fim, os servidores não teriam tanto do que reclamar.
Além, é claro, de virem a tona as médias salariais entre os poderes, calculadas pelo Ministério do Planejamento e que eu mesmo cheguei a publicar aqui no blog. As médias não apareceram a toa, o governo quer mostrar para a população a necessidade de se privilegiar o Executivo, para combater as distorções.
Preparem-se para novos dados “bombásticos” de ambas as frentes de batalha nos próximos dias. A guerra está longe do fim.