Uma mesa composta por mulheres para discutir a proposta da Fasubra de segurança para as universidades e outras instituições federais de ensino. Ao lado das colegas servidoras da Universidade Federal de Pernambuco, Roseane Pessoa e Niedja Ramos, a diretora da Fasubra, Leia Oliveira apresentou o conjunto de propostas da entidade que constituem um caminho para uma política de segurança para as Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes).
Entre as soluções aos problemas de segurança enfrentado pelos Ifes, Leia reiterou que deve existir uma pressão à reabertura de concursos públicos para a área de vigilância e maior investimento em estrutura e medidas de apoio que dão suporte ao trabalho da categoria, como: aumento do monitoramento por câmeras e estímulo à realização de eventos artísticos, esportivos e culturais, para que os câmpus sejam mais povoados, o que contribuirá para diminuir o número de ocorrências.
Posicionando-se claramente contra a terceirização do setor, Leia Oliveira ressaltou sobre a importância do trabalho executado pelo vigilante como imprescindível ao bom funcionamento das instituições. “O vigilante é um servidor que circula por todas as áreas da instituição, conhece tudo que envolve e circula ali. Por isso, não se deve ser terceirizado. É uma área de suma importância e deve ter vínculo e memória”, argumentou.
A historiadora levantou ainda a necessidade de práticas de atualização e de criação de laços com a população. Medidas como o desenvolvimento de programas permanentes de capacitação e formação de vigilantes, bem como de debate com a comunidade universitária acerca do papel do trabalhador no cargo de vigilante foram explicitadas.
Leia propôs um reforço para a cultura de segurança nas IFES, afirmando que por seu viés acadêmico, a política de segurança nas universidades deve ser vanguardista. Ou seja, se deve contribuir para a criação de alternativas para a identificação das causas, a prevenção e o combate ao crime.
Por fim, Leia demonstrou as diretrizes para um projeto de segurança para as Ifes, propostas pela Fasubra. O projeto contempla a produção de conhecimento bilateral entre a categoria e a comunidade acadêmica com o intuito de ampliar o desenvolvimento de ações estratégicas que ocasionem melhoria na área de segurança. Ao concluir, Leia ressaltou que os projetos de segurança devem ser integrados ao Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) de cada instituição para que, realmente, se torne parte de suas políticas.
Ao final da discussão, o registro em foto das mulheres presentes no evento.
Fotografia: Carlos Siqueira/Ascom-UFG