A Universidade Federal de Goiás (UFG) irá parar no segundo semestre de 2019, caso o governo federal não recue nos contingenciamentos aplicados a instituições federais de ensino superior. A declaração é do reitor da universidade, Edward Madureira, que apresenta neste instante uma explanação sobre a importância da UFG à bancada goiana de deputados federais no Centro de Aulas D, no Setor Universitário.
A situação é a mesma no Instituto Federal Goiano e Instituto Federal de Goiás, que também passam por momentos de aflição financeira desde que o Ministério da Educação (MEC) bloqueou no fim de abril uma parte significativa do orçamento das 63 universidades federais e 38 institutos federais de ensino.
Despesas obrigatórias, como assistência estudantil e pagamento de salários não foram afetados, porém, os cortes recaem sobre o pagamento de constas simples como as de água, energia, telefone, internet, obras e demais serviços indispensáveis ao funcionamento das instituições.
De acordo com Madureira, em razão dos bloqueios – que afetam principalmente a verba de custeio da Federal – contas já estão em atraso, o que irá inviabilizar o funcionamento da instituição. “Estamos escolhendo quais contas damos conta de pagar. Faturas de energia elétrica estão em atraso há dois meses”, ressalta. Na semana passada, a UFG sediou um encontro da comunidade acadêmica para discutir os impactos das medidas perpetradas pela gestão Bolsonaro.
O evento também tem a presença dos reitores do Instituto Federal de Goiás (IFG), Jerônimo Rodrigues, e do Instituto Federal Goiano (IFGoiano), Vicente Pereira. Ambos endossam o discurso de Madureira contra os cortes e bloqueios. A agenda foi atendida pelos deputados federais Elias Vaz (PSB), Rubens Otoni (PT), Flávia Morais (PDT) e José Nelto (Podemos) e Adriano do Baldy (PP).