CÂMARA APROVA URGÊNCIA PARA PROJETO DE RENEGOCIAÇÃO DA DÍVIDA DOS ESTADOS

Câmara aprova urgência para projeto de renegociação da dívida dos estados
Câmara aprova urgência para projeto de renegociação da dívida dos estados

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (12), por 335 votos a 118, o regime de urgência para o Projeto de Lei Complementar 257/16, do Poder Executivo, que renegocia as dívidas dos estados perante a União. Esse pedido foi rejeitado na semana passada.

Não há unanimidade entre os partidos sobre a urgência da matéria em razão de negociações em andamento de governadores do Nordeste com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, sobre novas medidas que beneficiariam esses estados.

 

Veja como votaram os deputados:

http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/ADMINISTRACAO-PUBLICA/512322-CAMARA-APROVA-URGENCIA-PARA-PROJETO-DE-RENEGOCIACAO-DA-DIVIDA-DOS-ESTADOS.html

 

No acordo fechado com o governo federal duas semanas atrás, os principais beneficiados com a redução dos valores das prestações foram estados do Sul e Sudeste.

Base governista
Deputados da base de Michel Temer fizeram críticas ao projeto. “Hoje, [o projeto] tem um casuísmo político, porque resolve problemas dos atuais governadores e transfere essa bomba fiscal para gestões futuras”, afirmou o deputado Daniel Vilela (PMDB-GO).

Já o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) quer garantia de que não haverá prejuízo aos servidores, já que entre as contrapartidas da renegociação da dívida está um ajuste fiscal que pode congelar salários e aumentar a contribuição previdenciária dos servidores estaduais.

“Precisamos ter segurança de que essas questões sejam tratadas em outro projeto, sem prejuízo para os servidores. Votar a urgência hoje é um risco de que, no futuro, vão dizer que não puderam cumprir o acordo”, disse Faria de Sá. Ele cobrou o conhecimento do texto a ser votado.

O líder do governo, deputado Andre Moura (PSC-SE), reconheceu que há uma discussão para separar a parte mais polêmica do texto, mas ainda não haveria qualquer definição. Ele minimizou a polêmica. “O que estamos fazendo é apenas votar requerimento de urgência. Vamos entrar no recesso branco e a matéria só será apreciada em agosto”, disse.

Íntegra da proposta:

 

Reportagem – Eduardo Piovesan e Carol Siqueira
Edição – Pierre Triboli

Divulgação: http://www2.camara.leg.br

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