O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), apresentou nesta quarta-feira, 6, um requerimento para adiar a votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa de 11 projetos de reajuste salarial do funcionalismo público. Numa contundente crítica, Caiado disse que há um conluio entre o atual governo e o PT para garantir o aumento para as categorias sem levar em conta a grave crise econômica por que passa o País.
Na lista dos projetos, está o que eleva o subsídio para os ministros do Supremo Tribunal Federal, reajuste que serve de base para o teto do funcionalismo público e que causaria, em caso de aprovação, um efeito cascata para os entes regionais. “Quero saber até quando a população brasileira, que sustenta toda essa brincadeira, vai querer aguentar?”, questionou Caiado.
O líder da oposição, o petista Lindbergh Farias (RJ), defendeu os reajustes e questionou o fato de que hoje parlamentares que estavam na oposição ao governo Dilma Rousseff estimulando pautas-bomba agora adotam uma postura fiscalista na gestão Michel Temer.
O senador Romero Jucá (PMDB-RR), ex-ministro do Planejamento, e o líder do governo no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), defenderam a aprovação dos reajustes por avaliar que eles constam no orçamento de 2016. Eles citaram que o atual ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou mais cedo em audiência no Senado que essas questões poderiam ser suportadas do ponto de vista orçamentário.
Aloysio Nunes Ferreira sugeriu retirar de pauta os projetos que aumentavam os subsídios dos ministros do STF e do procurador-geral da República e também aquelas que criavam cargos. Seria votado, propôs, somente os de aumentos salariais.
Crítico do aumento ao funcionalismo, o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) afirmou que o País não tem condições de arcar com esses recursos no momento. “Isso está criando um sequestro do País por parte das corporações”, destacou.
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