EVENTO DEBATE SOBRE A POLÊMICA SOBRE O USO DE ARMAS NO EXERCÍCIO DA SEGURANÇA INSTITUCIONAL

EVENTO DEBATE SOBRE A POLÊMICA SOBRE O USO DE ARMAS NO EXERCÍCIO DA SEGURANÇA INSTITUCIONAL
EVENTO DEBATE SOBRE A POLÊMICA SOBRE O USO DE ARMAS NO EXERCÍCIO DA SEGURANÇA INSTITUCIONAL

O tema Estatuto do Desarmamento movimentou o XXVI Seminário Nacional de Segurança das IPES e IBTTs, na tarde de segunda-feira, 2/10, no Centro de Eventos Prof. Ricardo Freua Bufaiçal, Campus Samambaia da UFG, onde o evento está sendo realizado durante toda esta semana, numa promoção do Sint-Ifesgo, com apoio da UFG e da Fasubra. Participaram da discussão os diretores da FASUBRA Gibran Jordão e Mozart Simões.

Em sua fala, Gibran trouxe dados da anistia internacional para afirmar que o número de armas em circulação na sociedade é diretamente proporcional ao número de homicídios e suicídios. Ainda de acordo com a anistia internacional, o Brasil é o país onde mais morrem policiais, sendo 70% dos casos fora do horário de serviço.

Gibran afirmou é preciso fazer uma análise sobre o problema das drogas e da política da guerra ao tráfico. “O tráfico de drogas está no cotidiano da universidade. Estudos indicam que, mesmo com toda a política repressiva, o uso de entorpecentes entre os anos de 1998 e 2008 aumentou 34%. E o tráfico é, sabidamente, um dos grandes responsáveis pelas mortes por arma de fogo. Precisamos refletir sobre o significado e as consequências de termos uma vigilância com a lógica de armamento, ostensiva e de guerra às drogas”, concluiu.

Em sua intervenção, Mozart Simões ressaltou algumas das atribuições dos trabalhadores de segurança das IPES e EBTTs. “Os agentes de segurança tem poder de polícia quando estão de serviço. Têm a prerrogativa de fazer perícia, investigação e segurança ostensiva. Abordar, revistar e coibir atos que ameacem a segurança, bem como combater pessoas que trafegam armadas”. A respeito de uma das maiores reivindicações dos servidores da área de segurança nas instituições de ensino superior, que é a abertura de concurso público para vigilantes, segundo Mozart, “o cargo não está extinto e a universidade precisa pensar uma política de segurança específica para o setor”.

Em discordância com Gibran, Mozart citou estudos de Harvard que mostram que o porte de armas diminui a violência, ao defender o uso de armas no exercício do trabalho e de uma política para o setor. “O porte de armas para os trabalhadores é para garantir a segurança dentro da universidade, bem como para garantir a nossa própria segurança. A arma de fogo, como qualquer outro instrumento, é um equipamento de trabalho e de proteção individual. O que precisamos é de uma política de segurança específica para o ambiente universitário, e isso não é pensado pelos gestores”, concluiu.

Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das
Instituições Federais de Ensino Superior do Estado de Goiás
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