Em atividade da paralisação nacional realizada ontem (26), o SINT-IFESGO promoveu e participou de palestra com Jia Chen, Ministro-Conselheiro da Embaixada da China, que destacou os pilares do desenvolvimento chinês e abriu debate sobre os caminhos do Brasil frente à ameaça da Reforma Administrativa.
Na última quinta-feira (26), durante a paralisação nacional dos Técnico-Administrativos em Educação (TAEs), o SINT-IFESGO realizou uma importante atividade formativa e política com a participação de Jia Chen, Ministro-Conselheiro da Embaixada da China no Brasil. A palestra, que abordou “A China e as Relações Brasil–China”, foi promovida com o apoio de diversas instituições e teve como foco o redesenho do desenvolvimento chinês e as possibilidades de cooperação global, inclusive com o Brasil.
O evento integrou a agenda da paralisação convocada nacionalmente pelos servidores da educação federal, que cobraram o cumprimento integral do acordo de greve de 2024 e expressaram forte oposição à Reforma Administrativa, proposta pelo deputado Pedro Paulo (PSD-RJ) e que tem avançado na Câmara com o apoio declarado do novo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB).
Durante a palestra, Jia Chen destacou os pilares do modelo chinês de desenvolvimento — como o planejamento de longo prazo, o investimento em ciência e tecnologia, a erradicação da pobreza e a centralidade do bem-estar da população — ressaltando o papel ativo do Estado como indutor da economia e da inclusão social.
Na avaliação do SINT-IFESGO, a participação na atividade fortalece a compreensão de que não há soberania sem serviço público forte. O sindicato ressaltou que, ao contrário do que propõe a Reforma Administrativa, o exemplo chinês mostra que é possível aliar crescimento econômico com justiça social a partir de uma estrutura estatal robusta e bem estruturada, baseada em servidores qualificados e valorizados.
“Participar de uma palestra com um diplomata da China em um momento como este reforça a nossa luta: o Brasil precisa investir em educação, tecnologia e servidores públicos para se desenvolver de forma soberana. A Reforma Administrativa vai no caminho oposto: enfraquece os serviços prestados pelo Estado, a pesquisa, e precariza o trabalho”, afirmou a coordenação do sindicato.
A atividade foi acompanhada por estudantes, docentes e TAEs de várias instituições e marcou uma das ações de mobilização mais significativas do sindicato neste mês de junho. A paralisação também denunciou os riscos da Reforma Administrativa, que ameaça transformar o serviço público em um balcão de negócios e comprometer direitos históricos da população brasileira.
O SINT-IFESGO seguirá em mobilização, articulando ações políticas, pedagógicas e institucionais para garantir que os acordos de greve sejam honrados e que o projeto de desmonte do Estado brasileiro seja amplamente combatido.
Assista a palestra: [https://www.youtube.com/live/YfaUaqbCof8?si=a85-sBUyWsEmcgDv]
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