Brasília, 15/08/12 – O governo federal apresentou hoje na mesa de negociação uma nova proposta para os servidores técnico-administrativos das universidades, representados pela Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra) e pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe).
foto: Ilkens Souza
Na reunião, a bancada do governo, composta pelo secretário de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, e por dois representantes do Ministério da Educação – Amaro Lins, secretário de Ensino Superior, e Marco Antônio Oliveira, secretário de Educação Profissional e Tecnológica – propôs atender diversos aspectos, que elevam o impacto orçamentário inicial de R$ 1,7 bilhão para R$ 2,9 bilhões.
Além do índice de reajuste de 15,8% em três parcelas nos anos de 2013, 2014 e 2015, a proposta contempla a progressão na carreira, com a elevação do índice no chamado “step” – espécie de degrau entre um nível e outro – de 3,6% para 3,8% em três anos e nos percentuais de qualificação, para incentivar os servidores com graduação e mestrado.
“O governo está convencido de que fez uma proposta muito boa, que beneficia 180 mil servidores. Como foram muitos os pontos discutidos e existem vários aspectos que não estão relacionados apenas a orçamento, vamos examinar e fazer uma nova reunião amanhã (quinta, 16), para ver se chegamos a um acordo e terminar com a greve da categoria”, ponderou o secretário.
Segundo ele, com a proposta o governo assegura à categoria a manutenção, pelos próximos três anos, do poder de compra dos salários conquistado desde 2003. Os técnico-administrativos das universidades tiveram entre 2003 e 2012 ganhos reais bem acima da inflação.
Nesse período, os servidores de nível auxiliar tiveram ganhos de 172,26% (já descontado o índice de 75,3% da inflação acumulada); os de nível intermediário, de 186,23%; e os de nível superior, de 225,04%.
A proposta vai na mesma direção da que foi feita anteriormente aos professores das universidades e dos institutos federais, no sentido de valorizar a educação. Com o Termo de Acordo assinado com os docentes, o governo enviará ao Congresso Nacional, no Projeto da Lei Orçamentária Anual (PLOA) para 2013, os recursos necessários ao pagamento da primeira parcela do reajuste, com índices entre 25 e 40% , o que representa um impacto de R$ 4,2 bilhões.