Os preparativos e possíveis desdobramentos da ampla campanha, em fase de elaboração, contra o assédio moral, o assédio sexual e outras formas de discriminação, foi um dos temas discutidos na reunião entre o reitor da UFG, Orlando Amaral, e as entidades Sint-Ifesgo, Adufg Sindicato, DCE e APG, semana passada. Ações conjuntas e de apoio mútuo se intersectam em torno dessa questão. A Reitoria já elabora uma campanha apoiada pelas entidades e estas, por sua vez, irão elaborar material sobre o tema, a fim de esclarecer, orientar e combater a prática do assédio.
A coordenadora geral do Sint-Ifesgo, Fátima dos Reis falou ao reitor sobre a importância de instrumentalizar a estrutura de acolhimento às pessoas que desejarem fazer denúncias de assédio na UFG, como a Coordenação de Ações Afirmativas (CAAF) e a Ouvidoria. “É preciso que haja um local, definido e apropriado para isso”, enfatizou. Flávio Alves propôs a criação de uma comissão para normatização e regulamentação sobre essa questão na UFG, a exemplo de outras universidades, uma vez que “não há lei para o assédio moral, assim como ocorre para o assédio sexual”, informou. Raíssa Vieira, presidente da APG, informou que a entidade aguarda esses encaminhamentos, pois interrompeu iniciativas próprias deste o início do ano, por entender a importância da ação conjunta no combate a esse tipo de violência. Os estudantes presentes apoiaram as falas dos presentes e citaram casos de assédio no meio estudantil.
Questionado sobre o encaminhamento da Minuta de Resolução sobre Assédio Moral e Sexual, proposta pelo Sint-Ifesgo à UFG, o reitor respondeu que o documento está sendo apreciado e que dará resposta em breve, sinalizado, inclusive, o seu possível lançamento em conjunto com a campanha.
Foto : Carlos Siqueira