O Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior do Estado de Goiás – SINT-IFESgo vem, por meio desta nota, manifestar seu repúdio à medida provisória nº 805/17, que adia os reajustes de diversas categorias de servidores públicos federais para 2019 e que aumenta a contribuição previdenciária dos mesmos de 11% para 14%.
Não é de hoje que Temer mostra que não nutre qualquer respeito pelos trabalhadores (as) do serviço público federal e pela função estratégica que desempenham. Desde o fatídico impeachment, o governo federal os elegeu como responsáveis pela crise econômica que o país enfrenta, impondo pesados cortes orçamentários, privatizações, terceirizações e toda ordem de ataques. Essas medidas, na prática, inviabilizam o funcionamento da máquina pública, especialmente das universidades e institutos federais, que cumprem um papel estratégico no desenvolvimento de um país soberano.
Agora, com a MP que adia o reajuste salarial e que aumenta a contribuição previdenciária dos servidores públicos, o governo dá um tapa na cara dos trabalhadores(as). Os reajustes previstos são fruto de muita luta e mobilização, uma vez que o nosso direito a negociação coletiva não é regulamentado.
Outra marca de Temer é a falta de apreço pela democracia e pela construção coletiva para a solução dos problemas que enfrentamos. Prova disso são as inúmeras tentativas da Fasubra em negociar com o governo federal ao longo dos dois últimos anos.
Desde que assumiu, o governo enfrenta altíssimos níveis de impopularidade. Para sobreviver às escabrosas denúncias de corrupção, tem comprado a maioria no congresso à base de emendas parlamentares, movimentando milhões de reais em verbas públicas para se sustentar no Palácio do Planalto e seguir com o seu plano de desmonte do Brasil.
Se o governo está tão interessado em equilibrar as contas públicas como diz, poderia voltar sua atenção para a auditoria da dívida pública brasileira, que consome 42% do orçamento federal. Poderia cobrar os impostos devidos pelas grandes empresas e parar de perdoar as dívidas dos bancos.
O SINT-IFESgo repudia mais esse ataque desse governo corrupto, inepto e impopular e convoca toda a categoria a resistir à retirada de direitos. Não pagaremos a conta dessa crise!
Saiba mais sobre a MP aqui.