No Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, Sint-IFESGO defende inclusão real, combate ao capacitismo e respeito aos direitos de TAEs com deficiência. Sindicato se soma à campanha global por sociedades verdadeiramente inclusivas, denuncia a estigmatização do segmento e chama atenção para a responsabilidade do serviço público na garantia de acessibilidade, emprego digno e segurança social.
Neste 3 de dezembro, Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, o Sint-IFESGO reafirma seu compromisso com a construção de ambientes de trabalho e de estudo livres de capacitismo, em defesa do direito de pessoas com deficiência a condições dignas de capacitação, contratação, salário justo, participação política e plena cidadania.
Instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1992, o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência tem como objetivo promover a conscientização sobre os direitos e as potencialidades das pessoas com deficiência, além de mobilizar governos e sociedade para derrubar barreiras físicas, comunicacionais, atitudinais e institucionais. Em 2025, o lema da data é “Promovendo sociedades inclusivas para pessoas com deficiência, visando o avanço do progresso social”.
No Brasil, porém, esse avanço ainda enfrenta resistências. Setores empresariais e grupos conservadores vêm estigmatizando o segmento e reagindo à regulamentação de mecanismos que visam garantir capacitação, acessibilidade e contratação de pessoas com deficiência. Ao mesmo tempo, o discurso capacitista – que associa deficiência à incapacidade, doença, tragédia ou “superação heroica” – permanece presente no cotidiano, inclusive dentro do serviço público.
De acordo com a ONU, milhões de pessoas com deficiência no mundo seguem tendo sua participação social limitada pela discriminação, pela pobreza e por barreiras que tornam inacessíveis serviços básicos, políticas públicas e oportunidades de trabalho. Esse cenário torna ainda mais urgente o compromisso de instituições públicas, sindicatos e entidades representativas com o enfrentamento do capacitismo e de todas as formas de opressão.
O Sint-IFESGO se soma a essa luta celebrando a presença e a atuação dos Técnico-Administrativos em Educação (TAEs) com deficiência, reconhecendo-os como sujeitos de direitos e protagonistas na construção da universidade e do serviço público. Para o sindicato, não se trata de “favor” ou “bondade”, mas de garantir que nenhuma pessoa seja excluída de processos formativos, de concursos, de progressões, de cargos de direção e de espaços de decisão por causa da deficiência. Afinal, como reforça o guia “Capacitista em Desconstrução”, acessibilidade e respeito não são favores, são direitos.
A partir do material produzido pelo Ministério do Esporte, que está anexado a esta notícia, o Sint-IFESGO destaca que o capacitismo se manifesta tanto em práticas explícitas de exclusão quanto em “brincadeiras”, “elogios” e expressões naturalizadas que reforçam a ideia de que a pessoa com deficiência vale menos, é “coitada” ou “inspiradora” apenas por existir. Mudar a linguagem, ouvir quem vive a deficiência e revisar comportamentos são passos fundamentais para a construção de ambientes verdadeiramente inclusivos.
O guia também lembra que o capacitismo se entrelaça a outros preconceitos, como racismo, sexismo, LGBTQIAPN+fobia, classismo e etarismo. Ou seja, pessoas com deficiência que são negras, indígenas, LGBTQIAPN+, idosas ou em situação de pobreza enfrentam camadas adicionais de discriminação. Combater o capacitismo exige, portanto, olhar interseccional e compromisso real com a diversidade.
No ambiente de trabalho, isso significa ir muito além de rampas e banheiros adaptados. É preciso garantir comunicação acessível, participação nos processos decisórios, igualdade salarial e condições de trabalho adequadas; oferecer recursos e tecnologias assistivas; e incluir pessoas com deficiência em cursos, reuniões, formações e eventos, sempre respeitando sua autonomia e escutando suas demandas.
Ao marcar o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, o Sint-IFESGO reforça que cada TAE, com ou sem deficiência, tem papel importante na desconstrução do capacitismo: repensando expressões, evitando piadas discriminatórias, perguntando antes de “ajudar”, reconhecendo competências e defendendo políticas públicas que garantam acesso, permanência e desenvolvimento profissional para todas as pessoas.
O Sint-IFESGO reitera que uma instituição verdadeiramente pública só se realiza quando todas as pessoas podem circular, estudar, trabalhar, ensinar, pesquisar e decidir em condições de igualdade. O combate ao capacitismo é uma tarefa coletiva, cotidiana e inadiável – e, neste 3 de dezembro, o sindicato chama a categoria a transformar o discurso em prática, para que nenhuma pessoa com deficiência fique para trás.
Vamos juntas e juntos desconstruir o capacitismo? Inclusão não é favor: é direito.
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