Ebserh é criticada por tentativa de reduzir direitos trabalhistas e precarizar o SUS.
Na manhã desta quarta-feira (14), o Sint-IFESGO participou de um ato em frente ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG), reunindo dezenas de trabalhadoras e trabalhadores da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) para repudiar a proposta de alteração na forma de cálculo do adicional de insalubridade. A medida prevê transferir a base de cálculo do salário-base para o salário mínimo, penalizando quem foi admitido até 31 de julho de 2019 e promovendo cortes de até 27% no rendimento desses profissionais.
O sindicato vê nessa iniciativa uma afronta à dignidade de quem atua na linha de frente do Sistema Único de Saúde (SUS) e denuncia que, sob o pretexto de reduzir custos, a Ebserh coloca em risco a saúde e a segurança de suas equipes — exatamente na semana em que se celebra o Dia Internacional da Enfermagem (12 de maio) e se aproximam as comemorações do Dia Nacional das Enfermeiras, Enfermeiros, Técnicas e Técnicos de Enfermagem (20 de maio). Essa coincidência escancara a contradição entre a retórica de valorização da enfermagem e as ações concretas de desmonte e precarização.
Além disso, enquanto a categoria aguarda a tramitação da PEC 19/2024 — que prevê um piso salarial nacional e jornada máxima de 30 horas semanais para enfermeiras/os, técnicas/os, auxiliares de enfermagem e parteiras — a Ebserh avança com o enfraquecimento de um dos principais instrumentos de garantia de saúde e segurança dos trabalhadores: o adicional de insalubridade. A PEC 19 está pronta para pauta na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado, e representa um passo importante na valorização da profissão e na garantia de condições mínimas de trabalho.
Durante o protesto, as/os manifestantes cobraram do superintendente do HC-UFG, José Garcia Neto, um posicionamento firme em defesa das trabalhadoras e dos trabalhadores, exigindo a revogação imediata dessa medida injusta. O Sint-IFESGO reafirma seu compromisso com a luta pelos direitos das/os servidoras/es e conclama a sociedade, os movimentos sociais e as entidades sindicais a se unirem nesta batalha.
Convocamos todas e todos os profissionais e gestores de saúde, movimentos sociais e a população em geral a engrossar o coro contra a precarização do SUS. Participe das próximas mobilizações, fortaleça o movimento sindical e pressione a Ebserh e o governo federal a revogarem essa medida de redução salarial. Juntas/os, podemos garantir condições dignas de trabalho e um SUS público, gratuito e de qualidade.
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