O reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Edward Madureira Brasil, e a vice-reitora Sandramara Matias Chaves receberam, nesta sexta-feira (8/6), representantes dos professores, dos servidores técnico-administrativos e dos estudantes para discutir a segurança na instituição.
O presidente do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg), Flávio Alves da Silva, e o coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior de Goiás (Sint-IfesGO), Fernando Mota, solicitaram ao reitor a convocação de uma Assembleia Universitária para que a UFG apresente as medidas já tomadas e as que serão implantadas para aumentar a segurança.
Os representantes sindicais reconheceram que ações de combate à violência têm sido colocadas em prática, mas revelaram que muitos servidores estão preocupados com a situação, o que demonstra a necessidade de chamar a comunidade para discutir o assunto. Outra reivindicação do representante do Sint-IfesGO foi a contratação de novos vigilantes para o quadro efetivo da Universidade.
Estudantes
Os estudantes, representados pela Associação de Pós-Graduandos (APG) e pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE), também solicitaram à Reitoria uma apresentação das medidas de segurança já implementadas, incluindo as reivindicações pactuadas na Ocupação das Minas, em 2016. Eles demonstraram preocupação em relação a uma atuação mais ostensiva da Polícia Militar no Câmpus Samambaia e defenderam ações que atuem na redução de danos.
O reitor da UFG se comprometeu a analisar junto à gestão a possibilidade de convocar uma Assembleia Universitária. Ele lembrou que, apesar do fato trágico desta semana, houve redução nos indicadores de violência na Universidade, sobretudo no Câmpus Samambaia. Entre as ações que contribuíram para isso estão a implantação do módulo Segurança no aplicativo Minha UFG, o investimento no videomonitoramento e a parceria com os órgãos de segurança pública.
Outras medidas, segundo Edward, esbarram no alto custo, a exemplo do controle de acesso ao câmpus. Além disso, esta é uma questão que não depende diretamente da Universidade, já que implica na restrição de acesso a vias públicas e rodovias que passam pelo câmpus, utilizadas pelo transporte coletivo e por toda a comunidade.
Já a vice-reitora lembrou que um dos resultados da Ocupação das Minas foi a aprovação, pelo Conselho Universitário (Consuni), de uma resolução que dispõe sobre normas e procedimentos a serem adotados em casos de assédio moral, sexual e quaisquer formas de preconceito. Além disso, foi criada uma comissão que acompanha denúncias de assédio sexual e propõe ações de combate a esse tipo de violência.
Fonte: UFG