Na manhã de sexta feira (30/01), diretores do SINT-IFESgo e representantes da categoria se reuniram com o Reitor do Instituto Federal de Goiás (IFG), Jerônimo Rodrigues da Silva. Durante o encontro o sindicato fez uma série de questionamentos relacionados às perspectivas da gestão do Instituto para 2015, levando em consideração o panorama nacional.
O reitor, que recentemente encontrou-se com o Ministro da Educação e sua equipe, afirmou que a previsão do orçamento para o IFG receberá uma redução de 30%. Jerônimo afirmou que as previsões para 2015 e 2016 serão de muitas dificuldades devido a politica econômica apresentada e que somente em 2017 haverá previsão de melhoras. Ele asseverou também que não “ficará parado” e que buscará outras fontes de recursos para atender às necessidades da Instituição e anunciou que assim que estiverem definidos os recursos que serão destinados ao IFG será realizado reuniões nos Câmpus para definir as prioridades.
Jerônimo disse ainda que há uma disposição de diálogo com o MEC e que existe a possibilidade do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (CONIF), indicar o nome que irá assumir a Secretaria de Educação Profissional e Tecnologia (SETEC).
Conselho de Campus e RSC
Além do panorama nacional, o SINT-IFESgo questionou o reitor acerca da dos Conselhos de Campus. Essa questão, que já foi pautada em outras ocasiões pela categoria, estava na pauta interna do IFG na greve de 2014. O reitor afirmou que a questão está sendo analisada na Procuradoria do Instituto para que ela possa ser colocada em pauta nas primeiras reuniões de 2015 do Conselho Superior.
Sobre a extensão do Reconhecimento dos Saberes e Competências (RSC) aos técnico-administrativos em educação (TAEs), o reitor afirmou que o CONIF apesar de não ter definido as particularidades e os critérios vêm debatendo a extensão para os TAEs, que são diferentes para os docentes. Na oportunidade o sindicato apresentou sua posição pela extensão e a disposição de luta para conquistar este benefício para a categoria.
Sobre as pendências da pauta da greve, o reitor justificou a ausência do pró-reitor de Pró-Reitor de Desenvolvimento Institucional, prof. Weber Tavares da Silva Júnior, afirmando que a pró-reitoria estará a disposição para agendar uma reunião e retomar a discussão dos itens não resolvidos.
O sindicato questionou ainda a necessidade do reitor intervir politicamente na questão da concessão do auxilio transporte para os TAEs nos municípios onde não há transporte regular, haja vista decisões judiciais que garantem o benefício.
Diálogo e foco
Fernanda Guirra, jornalista lotada no Campus de Inhumas, participou da reunião e afirmou que o diálogo entre os TAEs e a reitoria é fundamental para esse próximo período. “O professor Jerônimo demonstrou mais uma vez a abertura ao diálogo. Isso é importante. Nesse ano as perspectivas de orçamento não são muito boas e vamos ter que conversar e discutir as prioridades nos Campus”, finalizou.
Outro TAE que esteve presente na reunião foi Marcelo Pereira Ramos, lotado no Campus de Anápolis. Ele avaliou que, devido a redução do orçamento a categoria precisará ter foco sobre as pautas prioritárias no próximo período. “Essa redução de 30% vai paralisar projetos que seriam necessários para consolidar os campus, reduzindo as condições de atendimento. É um momento em que a instituição vai precisar ser sóbria e nós, como servidores, precisaremos estar bem focados nas nossas pautas principais e escolher bem quais são os debates e as prioridades que iremos tocar no próximo período.
Também do Câmpus do Anápolis, a assistente social Camila Lorraine Rodrigues, destacou a importância da retomada do diálogo entre o sindicato e a reitoria, bem como a disposição do reitor em manter esse canal aberto. Disse ainda que a organização da categoria vai ser fundamental para os avanços e conquistas, tanto na pauta interna quanto na nacional.
