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O serviço público federal está passando por um período de greves. Elas afetam hoje mais de 20 setores. O Ministério do Planejamento afirma que seriam necessários mais de R$ 90 bilhões por ano para atender aos pedidos de reajuste dos funcionários federais.
Em Brasília, até os prédios dos ministérios têm aviso de greve. A paralisação dos servidores públicos federais começou no dia 18 de junho. Segundo o comando do movimento, estão parados aproximadamente 300 mil servidores públicos, em todo o país, em 26 setores, em ministérios, autarquias e universidades. Eles reivindicam reajuste de salário, melhorias nas carreiras e mais concursos.
O representante dos servidores e secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef), Josemilton Costa, reclama da falta de propostas do governo:
“Há muita conversa, mas pouca negociação. A greve só acaba depois que tivermos uma proposta concreta”.
O governo afirma que atender as reivindicações custaria mais de R$ 90 bilhões, se forem incluídos servidores militares do Legislativo, Judiciário e Ministério Público, que nenhuma categoria teve perda desde 2003 e que a folha de pagamento cresceu acima da inflação.
A despesa com salários que era de R$ 75 bilhões subiu para R$ 187 bilhões nesta segunda-feira (9).
“Estamos negociando há nove anos e meio com as entidades dos servidores públicos. A atual rodada de reivindicações tem que ser colocada nesse contexto para a gente avaliar uma contraproposta do governo neste momento”, afirma o secretário de trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça.
As reuniões no Ministério do Planejamento, entre governo e representantes dos servidores públicos, começaram antes da greve e continuaram depois da paralisação. Antes mesmo de qualquer acordo, o governo confirmou que vai cortar o ponto dos grevistas. Os dias parados serão descontados no próximo salário, que começa a ser calculado esta semana.
Fonte : Jornal Nacional, 09/07/2012