INFORMES DAS REUNIÕES ENTRE FASUBRA/GOVERNO, P/ TRATAR DA PAUTA DA GREVE, OCORRIDAS EM 24 E 25/07

Informes das reuniões entre Fasubra/Governo, p/ tratar da pauta da greve, ocorridas em 24 e 25/07
Informes das reuniões entre Fasubra/Governo, p/ tratar da pauta da greve, ocorridas em 24 e 25/07

Presentes: Pela FASUBRA –  Rogério  Marzola,  Paulo  Henrique,  Gibran,  Rosângela,  Fatinha, Vanda e Darci.

Pelo Governo: Paulo Speller

Inicialmente foi feita a discussão da ata da reunião anterior. Na sequência passamos ao debate dos itens da pauta tratando dos seguintes temas: EBSERH, Terceirização, Carreira (piso-step) e Creches.

EBSERH

A representação da FASUBRA reforçou o posicionamento contrária à implementação da EBSERH (Empresa de Serviços Hospitalares), ao tempo em que reafirma sua disposição de continuar na luta  pela  revogação  da  lei  que  cria  a  Empresa.  Apresentou na oportunidade, questionamentos em relação à pressão sofrida pelas IFE que não aderiram a EBSERH. Citou, como exemplo, relatos de ameaças de restrições orçamentárias e de contratação de pessoal para os HU e o remanejamento de trabalhadores da área de saúde para o SIAS, que é um órgão do MPOG, desviando assim os trabalhadores para essa  atividade que não é exclusiva das IFE,  já que o SIAS atende toda a demanda do Serviço Público Federal na região de implantação.

O Secretário Speller reafirmou o posicionamento do governo em relação à EBSERH e garantiu que o MEC não faz pressão para a adesão respeitando a autonomia universitária. Informou que os recursos orçamentários dos HU não foram alterados em decorrência da não adesão e que a reposição, limitada às vagas por aposentadorias e/ou evasões estão sendo feitas sem nenhuma restrição, e que a diferenciação é somente para abertura de novas vagas, que  não serão liberadas para  os HU. Em relação ao SIAS se comprometeu a apurar a demanda internamente e dar retorno na reunião do dia 25/07.

Terceirização

O governo iniciou sua  fala  reforçando  que  não  houve  alteração  na  posição  do  governo  em relação à terceirização.

A representação da FASUBRA respondeu que tem convicção de que essa é uma política de Estado e que é uma demanda histórica da categoria que precisa ser discutida com o governo.

Denunciou as mazelas da terceirização no interior das Universidades, a incoerência dos gastos, uma vez que é mais que comprovado que esse tipo de contratação onera ainda mais o orçamento das universidades que estão sendo penalizadas  subsidiariamente  por descumprimento de direitos constitucionais dos trabalhadores no âmbito das IFE.

A  representação  da  Federação  apresentou  dados  contraditórios  por  dentro  do  governo  como  a meta 12 do PNE  que  estipula  ampliar  significativamente  o  acesso  ao  ensino superior, mas não revê  a  política  de  estagnação  da  força  de  trabalho  nas  instituições  com  abertura  de  novas vagas, bem como a revisão de cargos terceirizados. Apontou, ainda, que, da mesma forma que o governo não terceiriza áreas que considera estratégicas, citando,  como exemplo,  a segurança do  Banco  Central,  nas  IFE  diversas  atividades  se  enquadram  nessas  especificadas  como  a segurança  e  setor  de  tecnologia  da  informação,  e  que  produção  de  pesquisa  das  IFE  e  tão importante  ou  mais  que  os  cofres  do  Banco  Central.   A representação da FASUBRA cobrou o cumprimento do que  determina  o  artigo  25  do PCCTAE,  que nunca foi  cumprido, uma vez  que apesar de haver portaria de nomeação da comissão para discutir terceirização e cargos extintos, a comissão nunca foi empossada e/ou convocada.

O MEC alegou que algumas de nossas demandas não são novas para o governo e que estaria disposto a fazer essa discussão. Comprometeu-se a dar cumprimento ao artigo 25 do plano de carreira efetivando a referida comissão e solicitou um estudo da FASUBRA sobre essa  política por dentro das IFE.

CARREIRA (piso-step)

Antes do início do tema especifico (piso e step) a FASUBRA apresentou a inclusão de mais duas áreas para debate imediato em relação à racionalização, além da área administrativa discutida na reunião anterior, a área de laboratórios  e  tecnologia  da  informação.  O governo avaliará internamente a possibilidade de inclusão no documento a ser fechado pela mesa de negociação.

Em seguida a representação da FASUBRA fez o histórico da luta por revisão do piso e step e da necessidade do estabelecimento de uma política de revisão anual desses dois importantes elementos da carreira.  Por sua vez o governo sugere que esse tema seja  incluído,  com  outros que  tratam  da  revisão  da  legislação e aperfeiçoamento da carreira pela Comissão Nacional de Supervisão  –  CNS,  para  propor  o  que  ele  chamou  de  reavaliação  da  lei  11091.  A FASUBRA argumentou que em seu entendimento esta demanda  de  revisão  de  piso/step não  é função  da CNS, uma vez que não tem  autonomia  para deliberar.  O Secretário então ficou de discutir internamente o encaminhamento a ser dado sobre esse tema.  A FASUBRA propôs a criação de dispositivo para revisão da política de piso e step, anualmente, no mês de abril.

CRECHES

Trata-se de uma demanda eminente diante da renovação da base da categoria e da ausência de uma política de creche para os trabalhadores das Universidades. A democratização do acesso a Educação Infantil não garante as vagas para os trabalhadores e o governo não cumpre se papel constitucional de garantir condições desses trabalhadores agravado para o fato  da desatualização do valor da assistência pré-escolar que nas IFE não passa de 90 reais.

A FASUBRA destacou que o governo precisa apresentar uma saída  para  esse  problema  prático da  falta  de  assistência  aos  trabalhadores  com  filhos  em  idade  pré-escolar,  uma  obrigação  do Estado  que  está  sendo  descumprida.  O governo entendeu que a demanda precisa de uma resposta que passa talvez pela  mesa  nacional  quando  entende  que  a  saída  é  reajustes  dos valores do auxílio pré- escolar.

Finalizado esta etapa do processo, buscou-se fechar um documento da mesa de negociação com especificações dos pontos discutidos com os encaminhamentos individuais de cada demanda.

Esse documento será encaminhado ao Ministro da Educação que irá  formalizar  a  resposta  do que será implementado até o dia 05/08/14 em uma reunião com a resposta oficial do governo sobre a pauta da categoria.

Cumprindo com a parte que cabia à Federação, foram protocolados os documentos da FASUBRA referentes à negociação, sendo a proposta de alteração da legislação referente a aspectos como o reposicionamento dos aposentados, racionalização de cargos, democratização e abertura  de prazos  para  adesão  ao  PCCTAE.  Em relação à questão do reconhecimento dos cursos de capacitação dos aposentados o governo entende que é possível uma tentativa de construção por orientação normativa e caso não se avance juridicamente dessa forma iriam propor o encaminhamento de alteração da lei.

Foi discutido também sobre a negociação da suspensão da ação de criminalização da greve onde o governo reafirmou a proposta discutida na primeira reunião com a FASUBRA de acordo entre as partes para suspensão da ação. O MEC fez o comprometimento de que tão logo a FASUBRA e SINASEFE definissem a petição da suspensão de marcar uma reunião entre nossas assessorias e o CONJUR do Governo para viabilizar a suspensão judicialmente.

Após a apresentação das propostas protocoladas foram repassados os  pontos  que carecem de retorno do governo. O cumprimento do artigo 25  da 11091/05  que  trata  da  terceirização  e extinção  de  cargos,  além  da  formalização  dos  questionamentos  da  FASUBRA  em  relação  à EBSERH e 30 horas.

Em seguida foi feita a revisão detalhada da pauta de reivindicações protocolada em 17 de fevereiro. A representação da FASUBR confirmou com o governo que a proposta apresentada através do ofício 56/2014-GAB/SESu/MEC  em  14  de  março  de  2014  já  estaria  tacitamente aprovada  e não carecia de confirmação com o Ministro já que foi formalizada oficialmente com alguns pontos com acordo e encaminhamentos. O Secretário  confirmou o entendimento e a partir  daí  passou-se ao detalhamento ponto a ponto da pauta de negociação para registro dos encaminhamentos aos pontos já acatados no ofício de 14 de março de 2014 e os que ainda aguardam retorno do MEC.

–  Aprimoramento da carreira – piso e step (em base ao acumulo histórico da categoria já deliberado, o detalhamento será apresentado pela direção nacional às assembleias:

A FASUBRA formalizou a proposta de ajustes no piso e no step para a SESu que irá apresentar retorno no dia 05/08 após aval do Ministro da Educação.

– Extensão do art. 30 da lei 12772 /12:

Acordados com o governo na proposta de 14 de março, faltando formalização da alteração na legislação para implementação.

– Ascensão funcional

Não houve avanço na discussão com o governo.

–  Cumprimento  integral  do  acordo  da greve  de 2012, reconhecendo  os  certificados de capacitação que os aposentados já possuíam quando da constituição da carreira:

A FASUBRA apresentou uma proposta a fim de normatizar a questão pelo MEC, ficando a SESu de confirmar com o jurídico a possibilidade desse instrumento para tal correção ou alteração na lei.

– Cronograma com resolutividade para a negociação dos relatórios de todos GTs

Os relatórios dos GTs já foram encaminhados para a manifestação do MPOG, além disso, a FASUBRA apresentou propostas de alteração da legislação para correção dos cargos consensuados com o governo e alteração da legislação referente.  Também foi proposto alteração da lei referente ao reposicionamento dos aposentados, bem como alteração da legislação garantindo  a  paridade  nas  eleições  institucionais. A representação da FASUBRA cobrou que o governo encaminhasse as alterações em forma de MP para dar mais agilidade ao processo negocial.

Reconhecimento dos cursos de mestrados e doutorados fora do país:

Acordados com o governo na proposta de 14 de março, faltando formalização da alteração na legislação para implementação.

–  Aproveitamento de disciplinas da pós-graduação (especialização, mestrado e

doutorado) para pleitear incentivo a capacitação:

Acordado com o governo na proposta de 14 de março, faltando formalização da alteração na legislação para implementação.

–  Turnos contínuos, com jornada de trabalho de 30 horas,  sem redução salarial para manter a universidade aberta nos três turnos:

Não houve acordo em relação à proposta da FASUBRA de que o MEC intervenha diretamente sobre essa negociação, pois o governo ficou de conversar com a ANDIFES sobre o assunto, mas houve  o  comprometimento  de  responder  oficialmente  aos  questionamentos  da  FASUBRA  em relação à autonomia universitária para negociações internas da demanda.

–  Revogação  das  ONs  (Orientações  Normativas),  que  tratam  da  contagem  do  tempo especial convertido em tempo comum (insalubridade, periculosidade, penosidade):

A FASUBRA apresentou uma proposta a fim de resolver a questão, ficando aguardando uma definição do governo sobre a questão.

–  Revogação da Lei de criação da EBSERH;  Abertura de concurso público pelo RJU e pela aprovação da ADIN:

Governo reforçou sua posição em relação à EBSERH, mas se prontificou a formalizar respostas aos questionamentos da FASUBRA sobre financiamento e reposição de vagas nos HU das IFE que não aderiram à Empresa.

– Não a perseguição e criminalização da luta! Democratização já:

Foi reafirmada a posição do governo de desistência da ação e ficou encaminhada nova reunião com a CONJUR do MEC a fim de acertar um encaminhamento entre as partes de suspensão da ação do STJ.

– Liberação de dirigentes sindicais para o exercício de mandato classista:

Foi relatada a questão do veto da presidente que segundo o governo é uma discussão mais ampla por dentro do governo. Em relação aos problemas emergenciais das bases da categoria com liberação de dirigentes. A SESu reforçou a disposição de intermediar os conflitos que forem demandados  pelas  entidades juntamente com os dirigentes das instituições para garantir uma relação política com bom senso entre as partes.

–  Construção e reestruturação das creches nas universidades para os seus trabalhadores sem municipalização:

A  FASUBRA  apresentou  a  demanda  emergente  de  garantia  de  educação  infantil  aos  filhos  dos trabalhadores (as) das IFE e reforçou a necessidade do governo resolver a questão deste direito que não está sendo garantido. O governo se comprometeu em discutir internamente e retornar com o encaminhamento.

Após esse ponto foi confirmada a reunião no dia 05/08/14 para resposta oficial do governo aos pontos pendentes de discussão interna, bem como a normalização dos encaminhamentos às propostas que já foram acatadas no oficio de 14 de março de 2014.

 

Fonte: Informe de Direção (ID) da Fasubra sindical, JUL – 06

Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das
Instituições Federais de Ensino Superior do Estado de Goiás
© 2020 SINT-IFESgo. Todos os direitos reservados. Desenvolvido por: RD Soluções
Wordpress Social Share Plugin powered by Ultimatelysocial

login

Enter your email and password and start exploding killer features
Boletim eletrônico

Cadastre-se e receba informações e notícias do SINT-IFESgo.