A luta sindical é herdeira daqueles que quebraram correntes. Ontem contra a escravidão. Hoje por salários justos, condições seguras e respeito.
Em 28 de janeiro, o Brasil marca o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, data instituída em memória da Chacina de Unaí (MG). Em 2004, quatro servidores públicos foram assassinados durante uma operação de fiscalização rural: os auditores fiscais Erastóstenes Almeida Gonçalves, João Batista Soares Lage, Nelson José da Silva e o motorista Aílton Pereira de Oliveira. O crime, que completa 21 anos em 2025, segue com feridas abertas: em fevereiro do ano passado (2024), um dos condenados, Jesuíno Faria, foi preso com passaporte falso, enquanto o mandante, Norberto Mânica, permanece foragido. A impunidade parcial reforça a urgência de não esquecer.
O trabalho escravo, tipificado no artigo 149 do Código Penal, inclui condições degradantes, jornada exaustiva, servidão por dívida e restrição de liberdade. São práticas que violam a dignidade humana e persistem em setores como o agronegócio, a construção civil e até em oficinas de costura urbanas. Dados do Observatório Digital do Trabalho Escravo revelam que, só em 2023, mais de 3 mil trabalhadores foram resgatados de situações análogas à escravidão no país.
A data reforça a importância da auditoria fiscal e da ação sindical na defesa dos direitos trabalhistas. Sindicatos como o Sint-IFESGO atuam na linha de frente, pressionando por políticas públicas, denunciando abusos e garantindo que vozes como as dos servidores técnico-administrativos em educação federal sejam ouvidas.
Como denunciar:
- Disque 100 (Direitos Humanos)
- Aplicativo MPT Pardal (Ministério Público do Trabalho)
- Plataforma digital do governo Sistema Ipê
A luta por dignidade no trabalho não é solitária. No Sint-IFESGO, servidores técnico-administrativos das instituições federais de ensino de Goiás encontram apoio para defender seus direitos e combater retrocessos. Venha fazer parte do sindicato e fortalecer essa rede de resistência. Juntas e juntos, transformamos o futuro do trabalho.
FOTO: Sebastião Salgado (Reprodução).
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