Na manhã de quarta-feira, 22, a FASUBRA Sindical apresentou aos reitores de todo o país as reivindicações da greve nacional dos trabalhadores técnico-administrativos em educação. O evento aconteceu na reunião do Pleno da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES), em Brasília-DF. Representaram a Federação os coordenadores Rogério Marzola, Fátima Reis e Francisco de Assis e os delegados do Comando Nacional de Greve (CNG).
Quebra de acordo
A FASUBRA destacou todo o histórico documentado de reivindicações da Categoria por negociação e abertura de diálogo ao governo federal. Principalmente a solicitação de cumprimento do Termo de Acordo, assinado após a greve de 2015. No total, foram 13 ofícios enviados ao Ministério da Educação (MEC), sem resposta ou até mesmo justificativa à Federação.
Apoio parlamentar
Toda a movimentação do CNG no Congresso Nacional em audiências públicas foi citado. Os trabalhadores têm solicitado apoio aos parlamentares à reivindicação da Categoria e em defesa das instituições federais de ensino em crise. O número crescente de instituições que aderiram à greve foram informados a pedido dos reitores. Até o momento 38 instituições aderiram à greve, algumas ainda realizam assembleias.
A Federação solicitou aos reitores apoio ao movimento paredista, evitando qualquer forma de retaliação aos grevistas.
Os coordenadores também solicitaram uma reunião com o Fórum de Dirigentes de Gestão de Pessoas das Instituições Federais de Ensino Técnico, Científico e Tecnológico (Forgep) e setores que compõem a Comissão Nacional de Supervisão da Carreira (CNS), instituída pela Lei 11.091/05, para propor ações e mudanças na carreira dos trabalhadores das instituições federais de ensino. Principalmente, diante da ameaça de reestruturação das carreiras no serviço público por parte do governo, deixando de fora as entidades sindicais. “É de interesse da FASUBRA aprimorar a carreira e não destruí-la”.
Reforma da Previdência
Na ocasião, a FASUBRA denunciou a desmoralização do serviço público nas mídias nacionais, para aprovação da reforma da Previdência baseada em combater “privilégios”. Nos governos de Fernando Collor e Fernando Henrique Cardoso, os servidores públicos passaram por situação semelhante. “Esse movimento paredista é pra fazer inclusive, campanhas de valorização do serviço público, das instituições, dos trabalhadores públicos contando com o apoio dos reitores”.
Para a Federação, os trabalhadores do serviço público vivem um processo de resistência ao desmonte do Estado, onde o setor público financia o privado, principalmente por meio das privatizações. “Neste momento, é necessário trabalhar em conjunto em defesa do serviço público e dos trabalhadores. Nossa arma de resistência aos ataques é o povo nas ruas”.
Ao final, a FASUBRA informou sobre o calendário de lutas em conjunto com as entidades representantes do funcionalismo público e destacou a Caravana Nacional no dia 28 de novembro em Brasília-DF.
Assessoria de Comunicação FASUBRA Sindical