Via Correio Braziliense
O único êxito do governo nesta quarta-feira de negociações foi com a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra), que aceitou a proposta de reajuste de 15,8% oferecido a todos os servidores civis do Executivo. Segundo a secretária-geral da Fasubra, Janine Teixeira, o aumento oferecido é pequeno, mas o apoio de 70% em qualificação a todas as divisões da carreira possibilitou o acordo. “O governo garantiu a qualificação a todos, desde aqueles que têm a graduação aos com doutorado”, afirmou Janine.
Para o secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, o acerto com os técnicos é importante porque a área de educação é considerada estratégica. Representante do Ministério da Educação na reunião, Marco Antonio de Oliveira disse que, com a decisão, muitos docentes que ainda estão parados podem voltar ao trabalho. “Boa parte das universidades está parada por pressão dos técnicos.” A outra entidade que representa os técnicos das universidades, o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasef), não aceitou, porém, a oferta do Planejamento. O governo deu ontem as negociações por encerradas. (PO)
Royalties para o ensino
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou ontem o compromisso do governo de brigar para que 100% dos royalties do petróleo na camada de pré-sal e pelo menos 50% Fundo Social do Pré-Sal, o Fundo Soberano, sejam aplicados exclusivamente em educação. A declaração foi dada após reunião no Palácio do Planalto, com a presidente Dilma Rousseff e representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE), da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e da Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG). “É muito melhor que a gente coloque os royalties na sala de aula, que prepare uma futura geração cada vez mais qualificada para que a gente tenha o Brasil capaz de se desenvolver depois que o
pré-sal passar”, disse.
Correios em estado de greve
Os trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) estão, desde ontem, em estado de greve e prometem parar por tempo indeterminado a partir de 11 de setembro se a empresa não apresentar uma contraproposta de aumento à categoria. Até o momento, a ECT aceitou conceder 3% de reajuste, ante uma reivindicação superior a 40%. A entidade informou, por meio da assessoria de imprensa, que, caso o pleito fosse integralmente atendido, haveria um acréscimo de até
R$ 25 bilhões na folha de pagamento da empresa, que tem receita de R$ 15 bilhões para 2012. Além disso, nos últimos nove anos, os trabalhadores tiveram 138% de reajuste salarial, sendo 35% de aumento real. Dia 28 tem nova reunião.