FASUBRA APRESENTA PROJETO UNIVERSIDADE CIDADÃ PARA OS TRABALHADORES EM PAINEL DO GT DEMOCRATIZAÇÃO

FASUBRA apresenta Projeto Universidade Cidadã para os Trabalhadores em painel do GT Democratização
FASUBRA apresenta Projeto Universidade Cidadã para os Trabalhadores em painel do GT Democratização

Sexta, 20 Setembro 2013

O Projeto de Universidade Cidadã para os Trabalhadores foi representado pela FASUBRA Sindical aos membros do GT Democratização das IFES nesta quinta-feira (19). Os detalhes do Projeto foram repassados durante realização do Painel de Apresentação de Projetos de Universidade, organizado pela Secretaria de Ensino Superior do MEC.

A ocasião reuniu em auditório da Capes localizado em Brasília (DF), representantes da FASUBRA, Ministério do Planejamento, MEC, SINASEFE, ANDIFES e PROIFES em evento que visa sistematizar os pontos de convergência das propostas.

Titular da SESu, o secretário Paulo Speller abriu o painel reforçando que o objetivo do GT é construir uma proposta conjunta de projeto de lei de democratização das Ifes, onde estejam contempladas as demandas de consenso das entidades. “Essa oportunidade é essencial e estão de parabéns todas as entidades aqui presentes”, disse.

A FASUBRA afirmou, logo no início dos trabalhos que a expectativa é que de que toda a discussão desenvolvida no âmbito da SESu resulte em minuta de um projeto de universidade cidadã, pública, gratuita, socialmente referenciada e que garanta autonomia.

Sem seguida o Projeto da FASUBRA foi detalhado pela coordenadora de Educação Rosângela Costa, que apresentou um breve histórico do processo de construção do Projeto de Universidade da federação. Afirmou que o texto foi construído na perspectiva de inclusão de todos os atores envolvidos no processo de educação, que garanta inclusão, relevância social, para o estabelecimento de uma educação libertadora e, portanto, não se trata de uma proposta corporativa. Afirmou, ainda, que o mesmo tramita na Câmara dos Deputados na forma do PL 7398/2006.

Após o preâmbulo, foram explicitados: a abrangência da proposta, definição de trabalhador em educação, a caracterização institucional, natureza jurídica, estrutura, funcionamento, órgãos de gestão, eleição de dirigentes, fóruns constitutivos, autonomia (didático/científica/administrativa), gestão financeira e patrimonial, financiamento, distribuição de recursos, gestão de pessoal e carreira, Conselho Inter Universitário e Sistema Nacional de Educação Pública Superior.

Depois da apresentação da FASUBRA, foi a vez da Andifes discorrer sobre o seu projeto de universidade. De acordo com a representante da Associação, Ângela Maria Cruz, reitora da URFN, a entidade possui uma proposta de Lei Orgânica para as IFES, ainda não finalizada, e que será apresentada a posteriori para o Poder Legislativo federal, ao qual será solicitada audiência pública para debater o projeto com a sociedade. A reitora ressaltou que a proposta da Andifes – cujos pontos principais foram revelados – possui pontos confluentes com os apresentados pela FASUBRA e elogiou a federação pelo Projeto Universidade Cidadã.

O representante do PROIFES, Remi Castioni, falou sobre as propostas da entidade e ressaltou que a democratização as Ifes deve levar em conta as especificidades regionais e criticou o arcabouço legal que regula o emprego de recursos por órgãos públicos. Fazendo coro com a Andifes, disse Reni Castioni, que os gestores não podem ficar reféns da legislação sob pena de que os projetos desenvolvidos resultem em fracassos e processos legais. Ele falou ainda sobre códigos de inovação tecnológica, MP 614, Projetos de Lei em tramitação na Câmara, fundações de apoio e gestão do patrimônio universitário.

Ao final das apresentações a FASUBRA foi elogiada pela competência em elaborar o Projeto Universidade Cidadã para os Trabalhadores, tanto pelo secretário Paulo Speller, quanto pela diretora da SeSU, Adriana Weska. “Está de parabéns a FASUBRA pelo projeto ora apresentado e que muito contribuirá para o objetivo que propomos ao GT”.

Andes-SN e UNE mostram projetos de universidade em painel sobre democratização

A mostra de projetos sobre democratização das Ifes teve continuidade na sexta-feira (20) com a apresentação do Caderno 2 do Andes- Sindicato Nacional – que é a Proposta do Andes-SN para a Universidade Brasileira-, e da representação da União Nacional dos Estudantes (UNE). Acompanharam a exposição representantes da SESu/MEC, FASUBRA, SINASEFE, SETEC/MEC, e PROIFES, a convite da SESu.

O representante do ANDES-SN, professor João Negrão, fez sua apresentação, que contempla estrutura tributária, conceituações de educação pública, universidade pública, ensino/pesquisa/extensão, educação técnica e tecnológica, gestão democrática, autonomia, financiamento, diretrizes para definição de políticas acadêmicas de ciência e tecnologia, Plano Nacional de Capacitação de Docentes, princípios que fundamentam o padrão unitário de qualidade no setor público e privado, avaliação institucional (interna e externa) e implementação do processo de avaliação institucional das IES.

Historiou todo o processo de construção do Caderno 2 e trouxe em sua fala críticas ao processo de privatização dos HUs pela EBSERH; ressaltou que a indissociabilidade do trinômio ensino/pesquisa/extensão como ponto caro para a instituição, falou sobre aplicação de recursos dos royalties, e criticou veementemente o fato de o Plano Nacional de Educação (PLC 103/2012) não trazer expresso no texto que os recursos provenientes do tesouro devem ser utilizados somente na Educação Pública. Negrão fechou a apresentação afirmando que o ANDES-SN defende a universidade pública, autônoma, gratuita e de qualidade, e categoricamente defendeu o controle externo (com mais autonomia) “para que a universidade pública não fique refém do mercado e de interesses que não sejam os da sociedade”.

A representante da UNE, Mirelly Cardoso,apresentou as diretrizes que compõem o projeto da entidade e recoloca em foco debates que envolvem desde emas como reforma curricular, expansão do ensino, melhoria de bolsas, investimento, aperfeiçoamento, formação continuada e qualificação dos trabalhadores, melhoria da infraestrutura, criação de ouvidorias para combate a toda forma de manifestação de assédio moral no interior da IES, marco regulamentatório das universidades privadas, matrículas, o fim departamentalização, entre outros. A representante conclamou os participantes do painel a superar as diferenças para construir um projeto que traga avanços e valorização para todos os atores que integram a comunidade universitária.

Pela SESu, Adriana Weska, da diretoria de Desenvolvimento das IFES, disse que a Secretaria se sentiu provocada com os temas apresentados pela representante da UNE e destacou a importância de ter estudantes contribuindo para a discussão sobre democratização. “É importante que essa discussão ocorra para que a sociedade possa propiciar a formação adequada à formação do cidadão”.

A FASUBRA, através da Coordenação de Educação (CE FASUBRA), destacou a importância e a qualidade da apresentação da UNE, ressaltando que historicamente que TAE e estudantes têm uma relação de companheirismo e compartilhamento de reivindicações em defesa da universidade pública. A CE da FASUBRA reconheceu avanços no PNE, embora tenha destacado o vácuo existente no PNE, que mantém em seu texto a invisibilidade da categoria apesar das emendas protocoladas pela FASUBRA no Congresso Nacional, na perspectiva de garantir no Plano o reconhecimento do segmento dos TAE.

As discussões sobre democratizção terão seguimento em breve, agora com a realização dasoficinas que estão previstas para ter início em 10 de outubro.

 

Redação: Carla Jurumenha – ASCOM FASUBRA e CE FASUBRA

Fonte: http://www.fasubra.org.br

Foto: FASUBRA Sindical

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