Amigos, na condição de diretor-geral do Campus Campina, como não poderia ser diferente, quero externar minha compreensão de que é necessário que o Governo Federal esgote todas as instâncias interlocutórias de negociação, na mesa fixada para esse fim, buscando uma solução negociada para o impasse que vivenciamos.
Entendo que a gestão deve se posicionar contra o uso de todo e qualquer instrumento coercitivo ou repressivo para intimidar os trabalhadores. A direção geral não se servirá de massa de manobra do Governo para reprimir a categoria dos trabalhadores.
Posiciono-me na intransigente defesa do diálogo e da negociação respeitosa entre as partes envolvidas e sobretudo, por ser trabalhador e passar pelas mesmas agruras e vicissitudes de todos. Então, não admito sequer cogitar a hipótese de cogitar com o uso da força arbitrária do corte do ponto, uma manobra intolerável de retrocesso, inadmissível em tempos de democracia e de diálogo.
Este gestor não permitirá o emprego de ações repressoras e intimidatórias impingidas ao lado mais fraco – os trabalhadores -, que apenas estão exercitando o seu direito de lutar pela elevação da dignidade de sua nobre missão pública de formar uma legião de jovens e adultos brasileiros espalhados por toda a nossa territorialidade. Minha recomendação, nesse momento, é de equilíbrio e serenidade, mas também de firmeza em defesa e amparo dos nossos trabalhadores. Se o Governo Federal quiser cortar o ponto dos servidores, que venham os burocratas de Brasília para fazê-lo, pois não seremos nós, diretores, e nem os servidores dos Recursos Humanos que praticarão esse fratricídio.
Neste sentido, na próxima reunião do Colégio de Dirigentes, que provavelmente será realizada na sexta-feira (dia 13/07), estarei propondo a elaboração de um documento subscrito pelo conjunto dos diretores-gerais de todos os campi do IFPB, a fim de preservar o sentimento de justiça e conclamar a busca de uma solução negociada, calcada no respeito à dignidade de todos.
Confio na prevalência do bom senso e na sensatez.
Um grande abraço a todos,
Nicácio
Diretor-geral do Campus Campina Grande
ASSINES-SSIND
COMANDO LOCAL DE GREVE
NOTA SOBRE ORIENTAÇÃO DO MPOG COM RELAÇÃO AO PONTO DOS SERVIDORES EM GREVE
Em reunião realizada no dia 9 de julho de 2012, às 15h30, entre o Comando Local de Greve e a Direção Geral do INES, sobre o Comunicado do Ministério do Planejamento em relação ao corte de ponto dos servidores federais em greve, foi acordado o seguinte:
O servidor em greve continuará tendo marcado em seu ponto o código de greve (conforme feito no ano passado e vem sendo até agora), de modo que ao término da greve a reposição venha a ser negociada, o que a Direção e o Comando consideram importante. Dessa forma, não haverá corte de ponto, mas precisamos debater com urgência de que forma se dará a fruição de férias.
Portanto, estando garantido em sua plenitude o direito de greve dos servidores, a avaliação política do movimento será realizada na próxima assembleia.
Rio de janeiro, 09 de julho de 2012.