Depois de oito anos, o intervalo das duas últimas gestões da Reitoria da UFG, em que candidatos únicos concorreram ao cargo de reitor, a comunidade universitária vive com mais efervescência o clima de escolha do novo reitor, para o quadriênio 2018 – 2021. Nos próximos dias 27 e 28 de junho, professores e técnicos-administrativos do quadro permanente, ativos e aposentados, e os estudantes serão convidados a participar da consulta para a escolha dos futuros dirigentes da instituição.

Concluído o período de inscrições das duplas de candidatos a reitor e a vice-reitor da UFG, o resultado foram quatro chapas concorrentes, sendo que todos os candidatos são professores da Regional Goiânia. Nessa ordem de candidaturas, compõem as chapas inscritas e de números sorteados:

Chapa 1 – Romualdo Pessoa (Iesa) e Leandro Gonçalves (ICB);

Chapa 2 – Luiz Mello de Almeida Neto (FCS) e José Alexandre Felizola Diniz Filho (ICB);

Chapa 3 – Reginaldo Nassar Ferreira (ICB) e Neucírio Ricardo Azevedo (IQ); 

Chapa 4 – Edward Madureira Brasil (EA) e Sandramara Matias Chaves (FE).

Também já estão definidas as regras dos processos de campanha e da consulta. E os candidatos já realizam suas campanhas, com bate-papo nas áreas de convivência, visitas e debates em toda a universidade. Essas são oportunidades de exposição de propostas e discussões sobre questões pertinentes à vida acadêmica e ao futuro da instituição.

 Entidades formam comissão para consulta paritária

A consulta à comunidade universitária para a escolha do próximo reitor da UFG está sendo conduzida por representantes das entidades dos segmentos docente (Adufg), técnico-administrativo (Sint-Ifesgo) e discente (DCE), que formam a comissão encarregada de promover o pleito. Compõem a Comissão Organizadora da Consulta à Comunidade da UFG (COC) os servidores docentes Enes Gonçalves Marra (presidente), Rosângela Nunes Almeida de Castro, os servidores técnico-administrativos Júlio César Prates e Tertuliano Francisco de Lima Neto, os estudantes Gustavo de Almeida Reis e Rafael Alonso Jerônimo Corvalan, além dos suplentes, nessa ordem de representação, Fernando Pereira dos Santos, João Alcione Cardoso dos Santos e Sara Caroline Ribeiro Gugel e de um representante de cada chapa.

Instituída em 20 de abril pelas entidades citadas e devidamente instalada na sede administrativa do Sint-Ifesgo, a COC cuida de toda a logística necessária para a apresentação dos candidatos e suas propostas à comunidade interna, divulgação e realização de debates e da consulta individual. Por meio da página www.coc.ufg.br é possível ter acesso às atividades e ao caléndário do processo.

Entre as ações já efetuadas pela COC estão as inscrições das chapas, definições sobre a campanha, bem como sobre os debates, como locais, datas, temas e regras, criação da página eletrônica da COC, e a escolha da forma da consulta. A comissão optou pela realização de uma consulta mista, em que serão utilizados o Sistema Integrado de Gestão (SIG Eleiçao), o qual todo servidor e estudante devem estar cadastrados, e o voto tradicional por cédula (dia 27), para aqueles que tiverem dificuldades de registrar sua escolha para reitor pelo meio eletrônico ou não quiserem.

Debates

Todas as atividades que envolvam o conjunto das chapas, em calendário previamente determinado, contarão com o acompanhamento da COC. A primeira delas foi debate realizado na Faculdade de Educação, Câmpus Colemar Natal e Silva. Esse foi o primeiro de cinco debates entre os candidatos a reitor, que acontecerão em todas as Regionais da UFG (Catalão, Goiás, Jataí e Goiânia), sendo que, em cada um deles serão abordados temas distintos e de interesse da comunidade universitária. Veja o quadro abaixo:

É previsto, ainda um debate com a categoria dos técnicos-administrativos, em data e local a serem definidos, bem como outro um debate na TV UFG, no dia 21 de junho.  

Paridade torna processo mais democrático

Tradição entre as Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes), a consulta paritária para a escolha de reitores é um exercício democrático das comunidades universitárias, porém não oficial. A nomeação de reitores é feita pelo ministro da Educação, a partir de uma lista tríplice, aprovada e encaminhada ao Ministério da Educação (MEC) pelos Conselhos Universitários (Consuni). Esses, por sua vez, comumente, respeitando o resultado da consulta interna, costumam encabeçar a lista com o candidato escolhido pela comunidade.

Esta tem sido uma prática entre as Ifes desde a abertura política, após o período da ditadura militar, em meados dos anos 80. Na UFG, os seis últimos reitores, sendo que dois deles cumpriram dois mandatos, foram nomeados pelo Governo, com a anuência da comunidade universitária.

A consulta para a escolha do reitor evidencia a aspiração da comunidade universitária de fazer valer o critério da paridade, ou seja, o respeito à equidade entre os seus principais segmentos: docente, técnico-administrativo e discente. Pela lei que rege as Ifes, para as decisões do Consuni, por exemplo, prevalece o critério de 70% de peso para o voto dos professores e 30% para os votos dos técnicos-administrativos e dos estudantes.