O SINT-IFESgo recebeu, na manhã de hoje, uma comissão formada por representantes do Diretório Central dos Estudantes da UFG – DCE-UFG e da Casa do Estudante Universitário (CEU). A comissão veio para esclarecer junto ao sindicato o bloqueio ao pagamento das bolsas de assistência estudantil, bem como dialogar sobre as pautas da greve dos servidores técnico-administrativos, que já duram 17 dias.
Os estudantes afirmaram que a pauta da paralisação é justa, mas argumentaram que havia muita desinformação a respeito da decisão de não pagar as bolsas estudantis e questionaram os métodos da greve para que as reivindicações fossem atendidas. Cobraram ainda uma posição do sindicato a respeito do bloqueio dos benefícios.
A coordenadora geral do SINT-IFESgo, Fátima dos Reis, recebeu a comissão e salientou que o comando de greve havia acabado de votar e aprovar o pagamento de todas as bolsas relacionadas à Pró-Reitoria de Assuntos da Comunidade Acadêmica (PROCOM). Disse também que outras bolsas ainda estão pendentes de deliberação da categoria e pediu o apoio dos estudantes à greve.
Fátima aproveitou ainda a oportunidade para apresentar as pautas ao DCE e à coordenação da CEU e afirmou que o governo federal sinalizou que reivindicações importantes para toda a comunidade acadêmica podem ser atendidas, como as eleições paritárias, o fim da contrapartida das bolsas e o dimensionamento do quadro de servidores da UFG.
Alcilas Borges da Silva Júnior, estudante de pedagogia e presidente da Casa 1, avaliou a reunião como positiva, mas que o movimento deve reavaliar as formas de pressionar a administração da universidade. “A reunião foi proveitosa porque aparamos certas arestas que ficaram devido ao impasse das bolsas. Mas ainda fica um pouco de receio quanto aos meios que serão utilizados”, concluiu.
Déborah Evellyn, coordenadora geral do DCE-UFG, afirmou que o diálogo com o sindicato é importante e que a entidade irá apoiar o movimento grevista. “Foi fundamental que o sindicato apresentasse o posicionamento oficial do comando de greve sobre as bolsas da PROCOM. Solicitamos que as informações sobre a paralisação sejam mais claras. O DCE apoia a greve, pois muitas pautas apresentadas são comuns a toda a comunidade acadêmica, como a democracia na universidade, segurança nos campi e o posicionamento contra a EBSEHR, mas esperamos participar mais dos fóruns para que não aconteçam mais impasses como esse. Vamos passar em sala de aula para levar as informações e as pautas da greve aos estudantes”, concluiu.
