Diversos órgãos do governo federal estão em greve. Paralisações atingem universidades federais, Institutos Federais de Educação Tecnológica, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), a Secretaria Especial de Proteção à Saúde Indígena (Sesai), o Ministério da Saúde – Fundação Nacional de Saúde (Funasa), a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) realizou paralisações estratégicas ontem e a próxima está prevista para o dia 31 de julho.
Todos esses órgãos resolveram parar depois de não conseguir respostas favoráveis junto às negociações com o governo federal. Em mais uma manifestação, na manhã de ontem, unidos, os servidores públicos federais distribuíram meia tonelada de bananas à população, na Praça do Bandeirante, no Centro de Goiânia. A fruta servida aos transeuntes representava o descaso das autoridades perante o movimento.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal no Estado de Goiás (Sintsesp), Ademar Rodrigues de Souza, afirma que, em linhas gerais, os grevistas pedem reposição salarial, concurso público imediato, paridade entre ativos, aposentados e pensionistas, política salarial permanente com a reposição inflacionária e data-base em 1º de maio.
Há oito anos, as instituições federais de ensino não registravam greves de professores. A Universidade Federal de Goiás (UFG) tem quatro campus. No interior, Catalão, Jataí e Goiás aderiram ao movimento na segunda quinzena de maio. A unidade de Goiânia parou as atividades no dia 11 de junho. (L.B.)