Hoje, 8 de fevereiro, é comemorado o Dia Internacional das Mulheres. A data foi oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975, ano no qual foi intitulado “Ano Internacional das Mulheres”, para lembrar de suas conquistas políticas e sociais.
Mulheres, que sempre foram vítimas da sociedade patriarcal e machista, tinham como únicas funções se casar, ter filhos e cuidar do lar, sem direito a uma educação digna (assim como a que recebiam os homens), ao voto e à participação efetiva na sociedade. Essa situação mudou a partir da Revolução Industrial, na qual as mulheres começaram a trabalhar nos mesmos espaços que os homens. No entanto, enfrentavam as péssimas condições de trabalho, locais insalubres, longas jornadas de trabalho, baixos salários além de assédio sexual. E ainda cumpriam a função social da mulher na sociedade da época após um longo dia de exploração de sua força de trabalho.
Partindo disso, as mulheres passaram a se organizar, juntamente aos movimentos socialistas, e reivindicar melhores condições de trabalho, por meio de jornadas de manifestações, que ocorreram nos Estados Unidos e em cidades da Europa, iniciando os chamados de “dia das mulheres”, mas até então sem uma data realmente definida.
Um dos marcos mais conhecidos para o surgimento da data foi o incêndio que ocorreu em 25 de março de 1911, em Nova Iorque, na Triangle Shirtwaist Company, que causou a morte de 146 trabalhadores (125 mulheres e 21 homens) e trouxe à tona as péssimas condições de trabalho em que as trabalhadoras e trabalhadores eram submetidos. No entanto, o principal marco do dia das mulheres ocorreu em 8 de março de 1917, onde operárias russas foram às ruas protestar contra a fome e a Primeira Guerra Mundial.
Por esse histórico de lutas, o mês de março é considerado o mês das mulheres e o dia 8, o Dia Internacional das Mulheres, marcado por manifestações em todo o mundo, reivindicando igualdade salarial, o fim da violência contra a mulher, descriminalização do aborto, entre outros tópicos. Mas mesmo após séculos de lutas e conquistas, ainda é possível ver a grande desigualdade de gênero que ainda persiste na sociedade patriarcal na qual vivemos, onde as mulheres sofrem com salários injustos comparados aos dos homens, pouco destaque nos ambientes de trabalho e acadêmicos, a insegurança de andar nas ruas por ser mulher e com diversas formas de violência. A luta por respeito e igualdade é necessária não apenas em determinado mês ou dia do ano, mas sim todos os dias, tendo em vista a quantidade de violências que as mulheres sofrem diariamente.
O SINT-IFESgo parabeniza todas as mulheres, reforça a importância destas na sociedade e incentiva a luta ativa por uma sociedade mais justa e igualitária!
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Texto: Heloísa Brito
Design: Ana Domitila
