DESCONTENTES COM POLÍTICA ECONÔMICA, SINDICATOS BRASILEIROS TERMINAM “LUA DE MEL” COM DILMA

Descontentes com política econômica, sindicatos brasileiros terminam "lua de mel" com Dilma
Descontentes com política econômica, sindicatos brasileiros terminam "lua de mel" com Dilma

22/12/2012

Os sindicatos anunciaram à presidente do Brasil, Dilma Rousseff, que dão por terminada sua prolongada “lua de mel” com ela.

Descontentes com a política econômica da presidente, quatro das cinco maiores centrais sindicais do país subscreveram um documento de denúncia à mandatária e convocaram para 6 de março uma marcha de protesto em Brasília na qual esperam reunir mais de 20 mil trabalhadores.

As centrais sindicais rebeldes são Força Sindical, Nova Central, UGT e CTB. A única que não esteve presente na reunião em que se redigiu o documento foi a CUT, ligada ao PT (Partido dos Trabalhadores, a formação de Dilma e Lula), mas acabou assinando o texto.

“A presidente não cumpriu nestes dois anos de governo nenhuma das reivindicações das centrais, as quais recebeu uma só vez”, explica o deputado Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical. “Foi uma lua-de-mel recorde de dois anos, mas essa lua-de-mel acabou hoje”, anunciou Pereira esta semana.

Segundo os sindicatos, “Dilma herdou um país que crescia a 7,5% e o levou a zero. O PIB de 2012 será uma vergonha. Alguns setores, como o industrial, começaram a dar mostras de fraqueza”.

A nota emitida pelas quatro centrais também critica a “falta de disposição do governo Dilma para negociar a agenda de necessidades da classe trabalhadora, em claro contraste com o tratamento VIP que dispensa aos representantes do capital”.

Algumas das reivindicações apresentadas pelos líderes das quatro centrais são a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais e a expansão da reforma agrária.

O presidente da UGT, Ricardo Patah, advertiu que não se trata de uma “ruptura com o governo”. “A insatisfação é geral, o que nos levou a ter de mobilizar as bases”, disse. “Temos um crescimento inferior a 1%, e isso terá consequências graves para o emprego em 2013. Estamos contentes com a consideração de que goza a presidente Rousseff, mas isso é muito pouco para um Brasil que precisa crescer no mínimo 4% ao ano”, acrescentou.

Alguns querem ver nesse confronto certa nostalgia do ex-presidente Lula, que se definia como sindicalista quando lhe perguntavam se era de direita ou de esquerda. Os sindicatos não ocultam que gostariam de vê-lo outra vez na Presidência da República. A ex-guerrilheira Dilma, apesar de estar ideologicamente à esquerda de seu antecessor, possui outro estilo de governar, mais de gestão e menos político, um modelo que agrada menos aos sindicatos.

 

Juan Arias

Do El País, no Rio

Fonte: Portal UOL – http://noticias.uol.com.br

Foto: Rodrigo Lima / UOL

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