Correio Braziliense – 09/07/2012

Os 46 hospitais universitários também são um retrato das dificuldades do sistema de ensino superior público. A estudante do 9º período de medicina na Universidade Federal do Amazonas (Ufam) Alexandra Procópio reclama da estrutura existente. Ela conta que atualmente o hospital passa por reformas porque está cheio de problemas, entre eles, infiltração. “A infraestrutura é horrível. O elevador está parado há pelo menos cinco anos. Por isso, os alunos precisam carregar no colo os pacientes”, afirma. Segundo a jovem, os alunos de graduação têm de dividir espaço com os residentes. Com isso, muitas aulas são dadas em locais particulares, onde os professores trabalham.

De acordo com informações do MEC, em 2009 o investimento foi de R$ 3,5milhões. Já em 2012, será de R$ 4,8 milhões. Os valores são repassados por meio do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), uma ação da pasta em parceria com o Ministério da Saúde. Além das reformas em 32 unidades universitárias no valor total de R$ 165,3 milhões, outras seis serão construídas. Por meio do programa, foram também desembolsados R$ 146,5 milhões com recuperação tecnológica na compra de 2.342 equipamentos de imagem para os centros cirúrgicos e de tratamento intensivo (UTI).

Nova estatal
No ano passado, o MEC criou a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). A estatal tem como um dos principais objetivo melhor gerenciar os hospitais universitários, segundo definição do MEC. A contratação da empresa pelos hospitais, no entanto, é voluntária. Até o momento, já existem10 universidades que aderiram, integrando seus 17 hospitais. A previsão é que a Ufam, onde Alexandra estuda, contrate os serviços da Ebserh ainda em agosto.