Após término tumultuado da reunião do CONSUNI realizada na tarde de hoje, o Reitor da UFG, Orlando Amaral, se comprometeu a realizar uma nova votação sobre a assinatura do contrato entre a Universidade e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). A decisão será tomada em nova reunião do conselho, a se realizar no dia 10 de dezembro.
A reunião de hoje, realizada no auditório da biblioteca central da UFG, aconteceu em virtude de uma deliberação do CONSUNI que aprovou o adiamento da votação da EBSERH com o objetivo de garantir o debate sobre a questão nas unidades acadêmicas das universidade.
Membros do conselho solicitaram, ao início da reunião, que as unidades pudessem relatar como foram as discussões, sob a alegação de que não foi possível apresentar opiniões contrárias em vários locais da universidade. A solicitação não foi acatada pelo conselho. Em seguida, o reitor colocou, imediatamente, a assinatura do contrato em votação. Sem contar os votos favoráveis e contrários, anunciou que a adesão à EBSERH estava aprovada e se retirou do auditório.
A postura do reitor causou muito tumulto entre conselheiros e membros da comunidade em geral. Manifestantes impediram que o reitor entrasse na reitoria, enquanto entidades representativas de estudantes, professores e técnico-administrativos buscavam o diálogo com a administração no sentido de garantir uma nova discussão sobre o tema.
Por fim, o reitor anunciou, em conjunto com as entidades do movimento social presentes, que haverá uma nova votação para decidir sobre a adesão à EBSERH. “O compromisso é de fazer uma convocação do CONSUNI para (a próxima) quarta-feira. Irei submeter ao plenário e vou trabalhar com as pessoas da minha equipe para que seja feita uma nova votação para que não paire dúvida nenhuma sobre a vontade do conselho universitário”, afirmou Orlando. O reitor se comprometeu ainda a colocar em apreciação a proposta da realização de um plebiscito com toda a comunidade universitária sobre o tema.
Para Fátima dos Reis, coordenadora geral do SINT-IFESgo, o reitor conduziu o processo “numa rapidez enorme” e não garantiu que o debate fosse feito. “Ele não contou o número de votos, não perguntou quem era contrário, quem se absteve e não deu espaço para o debate. É evidente que toda situação mal conduzida é mal acabada e essa condução desaguou na insatisfação de diversos conselheiros, estudantes, professores e técnico-administrativos. Na próxima reunião colocaremos a discussão em pauta novamente”, afirmou Fátima.
Confira nos links abaixo os vídeos do CONSUNI e do compromisso do reitor com a realização de uma nova assembleia.