Em reunião realizada nos dias 18 e 19 de junho, o Conselho Deliberativo (CD) do PROIFES-Federação, que é integrado por representantes de todos os sindicatos federados e se constitui na instância máxima da entidade, decidiu após amplo debate indicar aos sindicatos federados a deflagração de uma greve nacional da federação como resposta ao total silêncio do governo federal em responder a proposta da entidade e ao fato de não ter sido marcado nenhuma nova reunião de negociação.
A federação enviou ao governo ofício datado de 1° de junho dando o limite de 15 de junho para receber essa resposta, na medida em que esta data correspondia à metade do prazo proposto pelo próprio governo para que as negociações ocorressem (maio a julho), sem que tivesse sido qualquer proposta pelo governo nem marcado calendário efetivo. Esta postura mantém a coerência da entidade de apostar firmemente no processo de negociação de maneira que a federação imputa exclusivamente ao governo a não continuidade do processo negocial, o que então impulsionou a busca pelo legítimo recurso da greve para que as negociações efetivamente aconteçam.
O PROIFES como é uma entidade nacional de caráter federativo terá processos de deflagração de greve decididos autonomamente nos sindicatos federados, que têm prerrogativa sobre como iniciar e conduzir os processos de greve em cada local. O CD deliberou pela instalação de coordenação nacional de mobilização, que terá a função de articular nacionalmente o processo de greve e de organizar os atos necessários para pressionar o governo e levar à sociedade as motivações desse processo.
Como pode ser visto no texto da resolução do CD, a pauta específica da greve compõem-se pelos seguintes eixos: reajuste salarial e reestruturação das carreiras, pendência do acordo de 2012 e correção das interpretações erradas da Lei 12.772/2012, luta pelo fim do contingenciamento dos recursos para a educação, verbas para as universidades e institutos federais e manutenção dos direitos dos trabalhadores atacados pela política de ajuste fiscal do governo federal.
A entidade continua apostando firmemente na continuidade do processo de negociação e espera que o governo federal imediatamente convoque a mesa de negociação e atenda a pauta de reivindicações.
É importante salientar que, entre os sindicatos federados, a APUB Sindicato está em greve desde o dia 28 de maio, a ADUFMS-Sindicato entrou em greve no dia 15 de junho (já deflagravam greve, respectivamente, para 23 de junho e 1° de julho). O SINDIEDUTEC-PR e o SIND-UFMA, assim como outros sindicatos, têm aprovados indicativos de greve e estão em processo de deliberação sobre a data. Nesta segunda-feira (22), o PROIFES informará oficialmente a decisão ao governo federal.
Fonte: Adufg