CONDSEF VOLTA AO PLANEJAMENTO NESTA SEXTA PARA EXIGIR DO GOVERNO UMA PROPOSTA CONCRETA

O tema central é a equalização da tabela salarial criada pela Lei 12.277/10 e que interessa a pelo menos 18 setores da base da Confederação
O tema central é a equalização da tabela salarial criada pela Lei 12.277/10 e que interessa a pelo menos 18 setores da base da Confederação

Da Condsef

A Condsef participa de uma reuniao nesta sexta-feira, 17, no Ministério do Planejamento que tera como tema central a equalização da tabela salarial criada pela Lei 12.277/10 e que interessa a pelo menos 18 setores da base da Confederação. A exigência é para que o governo apresente uma proposta concreta que possa ser analisada pelas categorias que permanecem em greve em mais de 30 setores em todo o Brasil. Até agora o Planejamento apresentou apenas duas propostas formais, sendo elas para os docentes e técnicos administrativos das Ifes (Instuicoes Federais de Ensino Superior). Em ambos os casos, a maioria dos servidores rejeitou as propostas apresentas pelo governo por considerá-las insuficientes para atender as demandas mais urgentes e não resolver os problemas centrais das carreiras. Uma vez feita uma proposta, a Condsef consultará suas bases para saber qual a opinião da maioria a respeito do que for apresentado pelo governo. Somente a categoria tem o poder de dizer quais serão os rumos do movimento de greve que segue forte em todo o País.

Por isso, todos devem estar atentos às informações. Tudo será divulgado assim que a assessoria de imprensa da Condsef tiver acesso aos dados e os resultados de todas as reuniões que a Confederação participar. Além da reuniao desta sexta, estão confirmados também outros encontros na próxima semana. A agenda completa de reuniões, entre Condsef, Comando Nacional de Greve e Secretaria de Relações do Trabalho (SRT) do Ministério do Planejamento, você confere clicando aqui. Nesta sexta, 17, também, representantes dos servidores em greve das diversas categorias que participam do “acampamento da greve” realizam uma plenária conjunta para avaliar e discutir os rumos do movimento.

Pacote para empresariado gera revolta – Com uma crise instalada no setor público, o governo da presidenta Dilma Rousseff anunciou nesta quarta, 15, mais um pacote de “incentivos” ao setor privado. Somado aos demais pacotes anunciados nos últimos dois anos já são mais de R$ 300 bilhões destinados à iniciativa privada. Em contrapartida o governo já retirou das areas sociais mais de R$ 105 bilhões e ajuda a agravar os problemas do setor público que afetam o atendimento à população. O pacote de incentivos para infraestrutura, que prevê concessão de rodovias e ferrovias para exploração do setor privado, gera revolta entre os trabalhadores públicos, mas foi avaliado pelo homem mais rico do Brasil, Eike Batista, como um “kit felicidade”. Tais medidas provam cada vez mais que o problema do governo para não atender as reivindicações mais urgentes dos servidores não é de ordem financeira e sim suas prioridades.

As benesses constantes para o setor privado e o tratamento truculento que vem dando aos servidores grevistas – com a não apresentacão de propostas, determinação de corte de ponto e substituição de trabalhadores públicos por “fura greves” – levaram a presidenta Dilma Rousseff a receber elogios do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do empresariado. Este não é encarado como um sinal favorável para a presidenta já que FHC conduziu um governo de caráter neoliberal que foi derrotado nas eleições presidenciais.

Frente aos ataques do governo Dilma aos servidores, mais do que nunca a recomendação da Condsef e do Comando Nacional de Greve é de manter total pressão para que não se repita o mesmo filme do ano passado, quando o governo encaminhou apenas no dia 31 de agosto um projeto de lei ao Congresso Nacional. Com mais de 400 emendas apresentadas, praticamente uma nova negociação teve que ocorrer dentro do Congresso Nacional. O cenário desse ano conta com uma greve geral forte do funcionalismo e que deve ser o diferencial para assegurar que o governo apresente propostas que possam atender ao conjunto da categoria.

Para isso a mobilização deve ser reforçada e a pressão da categoria por respostas do governo às principais reivindicações do setor público deve ser intensificada. Orientamos também aos companheiros e companheiras que ainda não aderiram à greve, que também paralisem suas atividades imediatamente. As ações de mobilização e novas informações sobre o processo de negociações com o governo seguem sendo divulgadas aqui em nossa página. Fotos do movimento em todo o Brasil você continua acompanhando sempre em nossa página institucional no Facebook. Confira também o quadro atualizado da greve clicando no banner “AGORA É GREVE” aqui no site.




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