Recursos são insuficientes para manutenção de atividades que voltaram a ser presenciais em maio
Em ofício do dia 8 de junho, o Ministério da Educação (MEC) informou sobre o bloqueio linear de 7,2% das dotações orçamentárias destinadas às despesas discricionárias das Instituições Federais de Ensino Superior. No dia seguinte, novo comunicado expôs que parte do bloqueio havia sido remanejado para outros órgãos. Essa ação caracteriza definitivamente o corte no orçamento das Universidades em 2022, dificultando a reversão da situação.
O impacto dessa medida na Universidade Federal de Goiás (UFG) significa a perda de R$7,5 milhões no orçamento, que, antes do corte, já era insuficiente para custear o funcionamento da instituição. Soma-se a esse cenário a retomada das atividades presenciais, realizada desde o dia 25 de maio, que carece ainda mais de recursos para manutenção das ações de ensino, pesquisa, extensão e gestão da UFG.
O pró-reitor de Administração e Finanças da UFG, Robson Maia Geraldine, explica que o valor referente a esse ano, sem o bloqueio, é equivalente ao orçamento de 2020, que já havia sofrido cortes nos anos anteriores. “Nós estamos falando de dois anos atrás, com um impacto inflacionário de mais de 15%, considerando o IPCA, o que já é uma perda considerável. No mínimo esperávamos que o nosso orçamento fosse corrigido de acordo com a inflação.
A gestão da universidade foi surpreendida com a notícia do bloqueio. “Continuaremos lutando para resgatar os 7,2% bloqueados. Afinal de contas, sem esse recurso, nós teremos complicações imensas para fechar o ano, principalmente pela retomada plena das atividades presenciais e pelos três anos consecutivos de corte orçamentário. Não há outro caminho a não ser a reversão da situação, para que o bloqueio não comprometa ainda mais nossas atividades”, defende o pró-reitor.