Hoje (5) celebra-se o Dia Nacional da Saúde, uma data que carrega o espírito de luta e transformação deixado por Oswaldo Cruz, médico e sanitarista que revolucionou a saúde pública no Brasil. Mais do que uma homenagem ao seu legado, esse dia nos convida a refletir sobre a importância da ciência, da pesquisa e da valorização da vida em um país ainda marcado por desigualdades e negligência histórica.
Foi com base em ciência e coragem que Oswaldo Cruz enfrentou as grandes epidemias do seu tempo. E é com essa mesma força que instituições como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) continuam atuando. Durante a pandemia da COVID-19, a Fiocruz teve papel fundamental na produção de vacinas, soros e medicamentos imunobiológicos, garantindo imunizantes para milhões de brasileiros, em um momento em que o negacionismo institucional colocava a saúde pública em risco.
Em meio ao caos, à desinformação institucionalizada e ao descaso de um governo que tratou a pandemia com desprezo pela vida, a ciência mostrou o seu poder de resistir e proteger. A Fiocruz, assim como o SUS e tantas outras instituições públicas, foi farol em um dos momentos mais sombrios da nossa história recente.
Não podemos esquecer que enquanto laboratórios públicos, cientistas, professores e profissionais da saúde lutavam para salvar vidas, parte do poder político praticava a necropolítica: atrasando vacinas, promovendo curas sem comprovação e naturalizando a morte de milhares de brasileiros e brasileiras. A ciência, aliada à saúde, salva. O negacionismo, aliado ao poder, mata.
Nesse contexto, defender essas instituições é defender a vida. A pesquisa pública precisa de financiamento, estrutura, liberdade e valorização. Reconhecer grande parte da força de trabalho que mantém essas instituições funcionando todos os dias, os TAEs, se faz relevante. Seja nos laboratórios, nas unidades de saúde, nos setores administrativos, na gestão de projetos de pesquisa ou no apoio direto a estudantes e pesquisadores, os TAEs são parte fundamental da engrenagem que sustenta a educação, a ciência e a saúde pública no Brasil. A categoria segue contribuindo para que o conhecimento avance, para que os serviços funcionem, para que a população seja atendida com dignidade. São trabalhadoras e trabalhadores que não medem esforços para garantir o direito à vida, mesmo diante de cortes orçamentários, sobrecarga e falta de valorização.
O SINT-IFESGO reafirma que defender a saúde pública é defender a educação, a ciência e quem trabalha por elas. É lutar por condições dignas, por reconhecimento, por investimento, por democracia. Que o legado de Oswaldo Cruz continue nos inspirando a lutar por um Brasil em que a vida — todas as vidas — tenha valor acima de qualquer interesse político ou econômico.
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