No dia 20 de dezembro, no auditório da Biblioteca Central da UFG, às 8:30 teve início o último Conselho Universitário presidido pelo reitor Edward Madureira Brasil. Diferente do que era esperado, a reunião foi conturbada. Um dos primeiros informes dados por Edward foi sobre a EBSERH. O reitor comunicou aos presentes que autorizou a Empresa a realizar o dimensionamento de pessoal e diagnóstico das condições do Hospital das Clínicas (HC). Para quem acompanha essa questão, o recado é claro, a administração central pretende realizar aderir à EBSERH.
Com argumentos relativos à falta de leitos, mão-de-obra e de financiamento, o atual reitor e o diretor do HC, apresentaram seu posicionamento. O SINT-IFESgo os questionou. De antemão, a atitude de levar ao Consuni temática tão delicada, sem que o assunto tenha sido pautado, é reprovável, diante do compromisso de consultar a comunidade universitária, assumido pela administração anteriormente. O SINT-IFESgo acredita que a autorização dada deveria ter sido fruto do debate entre os segmentos que compõe a UFG.
O diagnóstico apresentado pelo administração sobre o HC está correto, a solução para o problema, porém, é equivocada. O problema dos Hospitais Universitários (HU´s) é o mesmo das outras entidades que trabalham com saúde no Brasil, é a falta de investimento do governo. A entrada da EBSERH para gerenciar os Hospitais não solverão a situação.
Resolução de Capacitação e Comissão de Insalubridade
A expectativa de discussão e aprovação da Resolução de Capacitação levou muitos técnicos para o Conselho, mas, de novo, ele não foi votado. Por uma questão de emergência, decidiu-se dar prioridade ao debate e votação do relatório da Comissão de Insalubridade. Apesar de nenhum membro da comissão ter sido chamado para a apresentação do relatório, a professora Rosana Borges discorreu sobre o documento.
A representante do SIASS expressou seu posicionamento contra alguns pontos do relatório. O SINT-IFESgo argumentou que a Comissão teve como critério fundante as legislações sobre o tema, ficando claro que a Orientação Normativa do MPOG apresenta elementos que não constam da legislação emitida pelo Ministério do Trabalho e Emprego que é o órgão responsável por normatizar as questões relativas à saúde do trabalhadores. Como produtora de conhecimento, à Universidade também caberia o questionamento da legislação.
