Por Tatiane de Assis – tatiane@sint-ifesgo.org.br
Fotografia: Jordana Barbosa
“Me incomoda profundamente qualquer debate sobre a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) em que me é pedida uma análise não-ideológica. É impossível, tudo é ideológico”, assim iniciou sua exposição Francisco Batista Júnior, presidente do Conselho Federal de Farmácia e integrante da Frente Nacional contra a Privatização da Saúde. A priori, Francisco analisou a conjuntura em que a EBSERH foi proposta e o quê a Empresa representa. Segundo ele, a EBSERH é parte da implementação de uma nova reforma do Estado Brasileiro em que a interesse privado adentra a administração pública.
A dita ineficiência dos Hospitais Universitários, afirmada pelo representantes da EBSERH e do governo, não deve ser negada e sim, analisada criticamente. É resultado da escassez de financiamento público. Muitos Hospitais Universitário não possuem a quantidade de trabalhadores suficientes porque o governo ao longo dos últimos dez anos investiu pouco no quadro pessoal. Com condições de trabalho precárias, os profissionais fazem o que podem, o que é possível.
Para Franscico, a partir da compreensão de que a EBSERH é inconstitucional, aprofunda o clientelismo e não elimina e nem regulariza as terceirizações, é preciso agir. Reivindicar a autonomia administrativa, financeira e política dos serviços e mais, a gestão e gerência efetiva e radicalmente participativa e democrática dos Hospitais Universitários.