CALENDÁRIO PREOCUPA FORMANDOS

Paralisação deve afetar colação de grau de alunos prestes a se formar. IFG de Goiânia aderiu à greve
Paralisação deve afetar colação de grau de alunos prestes a se formar. IFG de Goiânia aderiu à greve

De Camila Blumenschein – O Popular

O semestre letivo começou para muitos estudantes no Estado, mas os alunos da Universidade Federal de Goiás (UFG) e dos campus de Goiânia e Luziânia do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG) terão de esperar mais por causa da greve nacional dos professores e técnicos-administrativos que continua nesses locais. O adiamento do fim da greve traz prejuízos para os alunos que estão concluindo seus cursos, devido aos atrasos na realização das colações de grau.

Na última sexta-feira foi realizada mais uma assembleia geral organizada pelo Sindicato dos Docentes das Universidades Federais no Estado (Adufg) e o Comando Local de Greve (CLG). Segundo Diego Basile Colugnati, que faz parte do CLG, os professores presentes na reunião decidiram pela continuidade da greve que teve início no dia 18 de junho em Goiânia. “O governo fez uma proposta de reajuste de 25% a 40%, que só atinge professores titulares, que compõem apenas 5% do corpo docente. A decisão de continuar com a greve também se deve ao fato de não ter sido feita uma proposta para o plano de carreira dos professores”, destacou.

No caso do IFG, o campus de Luziânia foi o primeiro a aderir à greve nacional, o que ocorreu no dia 12 de junho. Já o campus de Goiânia iniciou a paralisação ontem. O professor do comando de greve, Sebastião Cláudio Barbosa, afirma que esta parte da universidade entrou na greve apenas ontem porque os professores ainda estavam sentindo os efeitos da greve anterior, que terminou no dia 19 de março. “Não estávamos fortalecidos anteriormente, mas discutimos e resolvemos paralisar porque não concordamos com a proposta do governo, que privilegia apenas uma parte da categoria e não contemplou o plano de carreira dos servidores técnico-administrativos”, diz.

Notas não computadas

A estudante de Jornalismo da UFG, Marina Celestino, de 22 anos, concluiu o curso no último semestre e está preocupada com o possível adiamento da sua formatura para o fim do ano. “Eu e meus colegas concluímos o curso, mas por causa da greve as notas não foram computadas no sistema. Por isso temos o prazo até 31 de agosto para colar grau. Caso a greve continue, a colação será realizada somente no final de novembro ou início de dezembro”, explica.

Marina destaca que além de atrasar a formatura, há outra situação que não estava nos seus planos: fazer a prova do Exame Nacional de Desempenhos de Estudantes (Enade), que avalia o rendimento dos alunos dos cursos de graduação, ingressantes e concluintes. “O exame é obrigatório para quem conclui o curso no fim do ano e se a colação de grau for adiada para dezembro terei que fazer a prova. Eu acho essa mudança muito ruim porque queria formar logo para ter o diploma em mãos e ir atrás de emprego”, declara.

Daniela Vasconcelos Alamy Martins, de 20 anos, estudante de Engenharia Civil da UFG, também chegou a concluir todo o semestre mas tem conhecidos que tiveram de parar sem fazer algumas provas e trabalhos. “Eu sei que o calendário acadêmico deve ser igual para todos os alunos, por isso quem concluiu o semestre deverá esperar quem ainda não terminou. Mas não tenho ideia de como isso será feito quando a greve acabar”, fala.

A jovem diz que entende a situação dos professores. “Sei que terei de estudar em período de férias para repor as aulas, mas acho que os alunos ficam prejudicados a curto prazo, enquanto os professores têm um problema maior que pode acarretar deficiências na qualidade dos cursos das universidades federais”, ressalta.

Prejuízo

O reitor da UFG, professor Edward Madureira Brasil, frisa que o prejuízo da greve aos universitários é mais perceptível para aqueles que estão concluindo os cursos, como é o caso da Marina. “Se a greve demorar para terminar haverá atrasos nas colações de grau porque as notas não foram lançadas no sistema. Fora isso, não vemos muito prejuízos já que o calendário de aulas será readequado e a reposição das aulas irá avançar em dezembro e janeiro”, enfatiza.

Segundo o reitor, as aulas devem começar para todos os cursos no mesmo dia, por isso os alunos que tiveram o semestre interrompido pela greve precisarão fazer as provas e trabalhos antes disso. “Os alunos que concluíram o semestre deverão aguardar esses outros alunos, mas isso deverá ser resolvido em duas semanas no máximo”, destaca.





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